A matemática é fácil de fazer e rápida de entender. O iOS 8, a nova versão do sistema operativo da Apple, foi lançado no dia 17 de setembro. No dia 21 do mesmo mês já contava com uma taxa de adoção de 46%. Mas passadas duas semanas, no dia 5 de outubro, o software apenas subiu para os 47%. Quer isto dizer que desde o dia 21 de setembro poucos utilizadores – tendo em conta os milhões de equipamentos Apple que suportam o software – arriscaram a atualização.



Arriscaram? O termo é utilizado porque de acordo com a imprensa internacional muitos utilizadores preferiram não avançar para o iOS 8 por causa dos problemas que assolaram o sistema operativo nos primeiros dias de vida. Sobretudo junto dos modelos mais antigos do smartphone da Apple, como o iPhone 4s.



Os valores revelados pela Apple dizem respeito ao número de equipamentos que acedem à App Store. Quer isto dizer que o crescimento residual verificado pode até estar mais ligado ao número de novos iPhone 6 e iPhone 6 Plus em circulação do que propriamente à taxa de atualização.



Certo é que o iOS 8 está a ter um desempenho inferior ao iOS 7 – no mesmo espaço de tempo já era usado por mais de 70% dos utilizadores do iPhone, iPad e iPod Touch. E certo é que a Apple nunca conheceu um fenómeno de estagnação como este nos primeiros tempos de vida de uma nova versão do sistema operativo.



Números de consultoras externas mostram que a adoção do iOS 8 pode até estar abaixo do que a Apple refere, tal como o TeK deu conta esta semana: a Fiksu defendia que o número de utilizadores com o novo sistema operativo situava-se abaixo dos 40%.



A Apple parece já estar a trabalhar no problema e uma segunda versão beta do iOS 8.1 já foi disponibilizada aos programadores.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico