Sistemas operativos atualizados não significa apenas uma nova disposição dos menus e funcionalidades mais completas. Num plano mais discreto e longe do interesse do consumidor comum, as marcas procedem sucessivamente a melhorias na segurança dos seus programas.
Neste sentido, o iOS 10 parece estar a despertar a cobiça dos hackers e das empresas cujo negócio tem por base as falhas de programação destas "fortificações digitais". Para quem o "hackear", a Zerodium tem 1,5 milhões de dólares de recompensa, o maior prémio alguma vez oferecido pela empresa por acesso exclusivo a vulnerabilidades desconhecidas (zero-day exploits).
O ano passado, a mesma empresa colocou temporariamente a "cabeça" do iOS 9 a prémio por 1 milhão de dólares e ofereceu metade desse valor a quem reportasse qualquer tipo de bug. A Apple, por sua vez, acenou com prémios na ordem dos 200 mil dólares.
"Aumentámos o preço porque a segurança do iOS 10 aumentou e porque queremos atrair mais investigadores", escreveu Chaouki Bekrar, fundador da Zerodium, à WIRED.
Desde o caso que opôs o FBI à Apple pelo desbloqueio de um iPhone 5C, a segurança dos telefones da tecnológica de Cupertino têm estado em especial foco. Por isso, diz Bekrar, a maioria dos clientes da sua empresa são governos e agências públicas norte-americanas.
"Esperamos receber várias respostas a este anúncio e vamos poder comprar muitas delas", confessou.
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