No final de fevereiro a Agência Espacial Europeia voltou a ter um dos seus instrumentos de investigação ativos: a Câmara de Monitorização Visual (VMC na sigla em inglês) está há mais de dez anos a observar Marte. Nos últimos meses esteve apagada, mas março voltou a ser um mês de grande atividade.

No espaço de quatro semanas a ESA planeou dez novos períodos de observação e investigação ao planeta. Além de fazer um reconhecimento detalhado sobre a órbita de Marte, a VMC - integrada na sonda Mars Express - também serve como registo de dados para perceber a evolução que existe na superfície do planeta.

Mas por que razão a VMC esteve desligada? Devido à rotação do planeta e à trajetória de órbita da sonda, por vezes Marte fica entre o Sol e a webcam. Nos últimos meses estes eclipses têm sido mais duros pois Marte atrevessou um período em que esteve mais afastado da estrela.

Tudo isto significa uma menor produção energética e a redefinição de prioridades. A Agência Espacial Europeia diz que o módulo de investigação continuou a funcionar, mas para que isso acontecesse teve de mudar a posição da sonda, o que por sua vez colocou a webcam numa má posição para a fotografia.

Mas estes tempos mais duros já ficaram para trás e as imagens continuam a ser publicadas no blogue oficial da VMC, no Twitter e também no YouTube em jeito de compilação.

Este vídeo de 2012 mostra aquilo que os astronautas terrestres vão ver quando estiverem na órbita de Marte:

Ainda esta semana a ESA enviou para o espaço mais uma sonda que tem como destino Marte. Um dos destaque da ExoMars é o facto de levar tecnologia portuguesa a bordo.