O ano de 2023 começou da pior maneira para a Ucrânia com mais ataques de misseis e drones russos, depois de no dia 31 uma violenta ofensiva aérea ter morto pelo menos três civis em todo o país, segundo relatos das autoridades, que referem também danos num hospital infantil em Kherson.
As explosões foram sentidas em Kieve logo após a meia noite, com pelo menos dois rockets a atingir a cidade, danificando um carro no centro da capital e interrompendo as comemorações dos habitantes que decorriam em alguns locais mais reservados. As autoridades tinham imposto o recolher obrigatório depois das 11 horas da noite.
Mykhailo Fedorov, vice primeiro ministro, com a pasta de transformação digital, partilhou imagens dos ataques da véspera de Ano Novo na sua conta no Twitter.
As tropas ucranianas estiveram de prevenção e informação partilhada pela Força Aérea ucraniana no Telegram indica que foram abatidos 45 drones de fabrico iraniano.
Imagens publicadas no Twitter, que terão sido captadas pela polícia, mostram a mensagem "Feliz Ano Novo" escrita à mão num dos misseis.
Os bombardeamentos russos deixaram nos últimos dias muitos ucranianos sem aquecimento e sem eletricidade, devido aos danos na infraestrutura. Foram feitos cortes sistemáticos para preservar as reservas existente, mas tudo indica que pelo menos no dia 1 de janeiro as restrições tenham sido levantadas em algumas zonas do país.
São também estes cortes que estarão a afetar o acesso à internet, e a NetBlocks deu conta de uma quebra na conetividade de rede que afetou múltiplas regiões no país. A empresa tem vindo a acompanhara s perturbações nas ligações de internet desde o início do conflito nas várias cidades ucranianas.
Esta é uma guerra onde a tecnologia tem assumido um papel importante, começando por uma ciberguerra antes mesmo das tropas avançarem no terreno, com ataques informáticos a infraestruturas críticas na Ucrânia mas também a países aliados.
O ministro responsável pela pasta da transformação digital relembrou na última semana que o inimigo está a preparar-se há mais de 20 anos e que a Ucrânia deu um salto tecnológico nos últimos 10 meses, mas reforçou que há muito a fazer mantendo porém a convicção de que o país vai derrotar a Rússia na guerra tecnológica.
O reforço de equipamento fornecido pelos Estados Unidos é uma das peças essenciais neste salto tecnológico, mas também chegaram ao país novos acessos de satélite Starlink, provenientes da Polónia, num dos maiores fornecimentos de sempre. Os terminais vão ser usados pelas equipas no terreno, com prioridade também para os sectores de energia e saúde e Mykhailo Fedorov sublinha que são essenciais durante os cortes de energia.
As imagens de satélite têm permitido acompanhar a evolução no terreno e o SAPO TEK tem partilhado várias imagens da evolução da guerra.
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