Um consórcio de equipas de investigação liderado pelo Fundo de Ciência e Tecnologia de Viena, na Áustria, desenvolveu um método que permite captar imagens do cérebro em tempo real e a três dimensões. O método de visualização apenas permite mapear para já a atividade nervosa de pequenos parasitas.



A nova ferramenta foi experimentada num verme e numa larva, sendo que no verme foi possível rastrear todos os 320 neurónios que compõe o sistema nervoso do animal. Já na larva os investigadores conseguiram recriar uma imagem de grande dimensão do cérebro, tem tempo real, que permite ver as reações dos neurónios aos comandos do corpo:







A metodologia de observação foi conseguida através do uso de um sistema de proteínas que ficam fluorescentes quando ativadas pela reação do neurónio. A diferença da investigação do consórcio de Viena está na capacidade de gravar em tempo quase real e a três dimensões tudo o que se passa no sistema nervoso dos animais.



“Comparado com métodos já existentes, a nossa tecnologia permite-nos captar atividade dos neurónios até mil vezes com mais informação e até dez vezes mais rápido”, explica em comunicado Robert Prevedel, investigador responsável pelo artigo científico baseado na investigação.



Os investigadores fazem ainda uso de uma tecnologia de captação de imagem conhecida como light field – e que também é usada nas câmaras Lytro: permite “perceber” todos os raios de luz que são captados, em que a luz da composição passa por várias lentes, o que permite à câmara gravar a direção de cada raio de luz. Assim o sensor vai saber a posição e a distância a que cada elemento estava dos restantes, o que recria um ambiente tridimensional.



Em vez da lente de uma câmara a luz passa por um microscópio desenhado para a investigação, mas que obedece à mesma regra das lentes.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico