Foi por volta das 16 horas em Portugal que, pela primeira vez na história da humanidade, uma sonda terrestre pousou num cometa para fazer recolha de informação.  Mas a euforia deu rapidamente lugar à apreensão quando se percebeu que o sistema de fixação da Philae não funcionou da melhor forma quando tocou o 67P.  

Soube-se depois que os saltos que a pequena sonda deu antes de fixar-se definitivamente à superfície do cometa fizeram-na “estacionar” a cerca de 1 quilómetro distância do local inicialmente planeado, numa zona de sombra.

A Philae ainda conseguiu trabalhar durante 60 horas, antes de “adormecer” devido à falta de luz solar para alimentar as suas baterias. O sono durou até 13 de junho último, quando os cientistas já quase tinham desistido de esperar que esta acordasse. Depois de alguns contactos feitos nessa altura, a sonda não dá notícias desde 9 de julho.

Neste momento há esperança que Philae volte a despertar, já que a Rosetta está novamente a menos de 200 quilómetros do cometa, uma condição necessária para que a comunicação com a pequena sonda se possa fazer.

 A sonda-mãe tinha-se afastado substancialmente do 67P/Churiumov-Gerasimenko, devido aos gases e poeiras que este começou a lançar em crescendo à medida que se aproximava do Sol. O cometa atingiu o ponto mais próximo do Sol a 13 de agosto, e desde então tem estado a afastar-se, refere o Público, citando Sylvain Lodiot, responsável pelas operações de voo da Roseta na ESA.

“Estou novamente a cerca de 200 quilómetros de distância. Isto aumenta as hipóteses de ter notícias do File”, anunciou esta segunda-feira a Roseta na sua conta do Twitter, "alimentada" pela ESA.