A série Fire Emblem desde sempre provou que era possível jogar jogos de estratégia por turnos em consolas, um género normalmente associado ao PC. Destacou-se sobretudo por introduzir narrativas complexas e personagens carismáticas para justificar os embates entre exércitos, mas sem nunca se desleixar na complexidade crescente das estratégias nos terrenos de combate. Ao longo dos 29 anos da série foram lançados 13 capítulos e três remakes, e embora tenha nascido numa consola doméstica (NES), desde 2007 que os novos capítulos foram sendo lançados nas portáteis da Nintendo.
Three Houses chega hoje em exclusivo à Switch e promete grandes novidades na série, embora mantenha os combates por turnos familiares aos fãs. Uma das novidades a destacar é a possibilidade de explorar livremente o cenário, falar com diversas personagens e até completar Quests entre os intervalos das missões.
O jogador assume um professor, que tem a responsabilidade de ensinar aos seus alunos táticas de combate num ambiente inspirado em Harry Potter. Não pela magia, mas pela possibilidade de optar por uma das três casas, que dão nome ao jogo, orientando um leque de jovens guerreiros, entre nobres, cavaleiros e até pretendentes ao trono dos respetivos reinos.
Invés de navegar pelos típicos menus que caracterizam a série, para treinar os elementos da equipa, equipá-los e gerir as suas táticas, tudo isso é realizado dentro de um contexto académico muito bem-vindo, simples e intuitivo. As diferentes características dos soldados, como o uso de determinada arma, magia, cura, força, utilização de cavalos, e outros atributos são divididos como disciplinas que os jovens necessitam estudar e melhorar.
Toda a exploração está associada a um calendário de atividades, que inclui pescar ou cozinhar, recompensando o jogador com dinheiro para adquirir armas melhores para os seus alunos-militares, ou substituí-las já que se deterioram durante os combates.
Os combates mantêm a essência dos títulos anteriores. Há uma grelha de posicionamento das unidades e em cada turno deverá mexer um número de casas, tendo em conta as condições do terreno, como árvores ou muralhas para se proteger, por exemplo. Deverá colocar em campo formações, para que os soldados da frente protejam os arqueiros, feiticeiros e curandeiros, que ficam mais atrás. Cada personagem pode ter um suporte de um batalhão, que embora se traduza esteticamente nos embates para criar maior imersão visual, estes concedem algumas mudanças nas estatísticas das respetivas personagens.
De um modo geral, a Nintendo pretende oferecer aos fãs da série o derradeiro capítulo da série, com valores de produção até aqui apenas permitidos na Switch, com combates viciantes e aquele toque mágico que apenas alguns jogos conseguem oferecer no pensamento “só mais um turno”. As animações da escola nipónica que compõem as cut scenes narrativas e a grande qualidade vocal dos diálogos são apenas alguns dos aperitivos que a gigante nipónica tem para oferecer aos seus fãs.
Fire Emblem: Three Houses já se encontra à venda em exclusivo para a Nintendo Switch.
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