Há duas novas sondas da NASA em órbitra lunar, desde ontem. As GRAIL - Gravity Recovery And Interior Laboratory visam ajudar os cientistas a perceber a que se deve a irregularidade no relevo da superfície da Lua. Este é também o primeiro programa a contar com a participação direta de estudantes.
Segundo relata a Agência Espacial Americana no seu site, a GRAIL A entrou em órbitra no sábado e a B no domingo. O objetivo é produzir um mapa de alta resolução do campo gravitacional da Lua, estando agendado para março o início da recolha de dados com essa finalidade. Nessa altura, já as sondas deverão estar a circular a uma altura de 55 quilómetros da Lua.
As duas naves transmitirão sinais que vão permitir aos cientistas perceber com precisão qual a distância entre elas. "À medida que se deslocarem sobre áreas de maior ou menor gravidade, influenciada por visíveis alterações na superfície, como montanhas ou crateras e pela massa escondida sob a superfície lunar,- a distância entre elas deverá sofrer ligeiras alterações", explicam os responsáveis.
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Através dos dados recolhidos, os cientistas esperam ser capazes de entender o que se passa debaixo da superfície lunar e perceber finalmente porque é que metade da Lua é plana, sem grandes acidentes geográficos, e outra é montanhosa.
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"As sondas gémeas GRAIL vão permitir-nos expandir amplamente o conhecimento sobre a lua e a evolução do nosso próprio planeta", afirmou o administrador da NASA, Charles Bolden, citado no comunicado que acompanhou o anúncio da entrada em órbita das naves, no dia 1 de janeiro, acrescentando ser esta a forma de a NASA dar "as boas vindas ao novo ano": dando início a uma nova missão.
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Esta tem também a particularidade de ser a primeira a contar com a participação direta de alunos do ensino básico. Segundo explica a Agência Espacial, cada uma das sondas leva consigo uma pequena câmara, designada GRAIL MoonKAM (Moon Knowledge Acquired by Middle school students) apenas para fins educativos.
Através do programa, liderado por Sally Ride (a primeira mulher norte-americana no Espaço), os alunos, do 5º ao 8º ano, selecionados para participar na iniciativa vão poder selecionar as áreas da superfície lunar que querem fotografar, enviar os pedidos às câmaras, receber e estudar as imagens.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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