Os cientistas da missão Lucy continuam a analisar os dados recolhidos pela sonda na sua passagem pelo asteroide Donaldjohanson. Esta semana, a NASA revelou novas imagens que mostram uma visão mais completa do asteroide e da sua curiosa forma. 

De acordo com a agência espacial norte-americana, as imagens foram captadas através do instrumento L’LORRI (Lucy Long Range Reconnaissance Imager), que se afirma como a câmara mais sensível da sonda, minutos antes da sua aproximação ao asteroide.

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Recorde-se que a análise preliminar das primeiras imagens confirmou o que os cientistas já suspeitavam em relação ao formato incomum do rochedo espacial.

O asteroide Donaldjohanson aparenta ter sido formado pelo impacto de outros dois corpos espaciais de menores dimensões. A estrutura que une as suas partes surpreendeu os investigadores, acreditando que, através dela, será possível encontrar novas pistas sobre a formação destes objetos espaciais.

NASA | Sonda Lucy
NASA | Sonda Lucy Imagem do asteroide Donaldjohanson captada pela sonda Lucy da NASA. créditos: NASA/Goddard/SwRI/Johns Hopkins APL/NOIRLab

A análise também permitiu verificar que, afinal, o asteroide é maior do que se pensava. Segundo os dados partilhados anteriormente, o Donaldjohanson tem cerca de 8 quilómetros de comprimento e 3,5 quilómetros de largura no seu ponto mais largo.

Segundo a NASA, o “encontro” bem-sucedido entre a Lucy e Donaldjohanson deu à equipa responsável mais confiança, reforçando a preparação da missão para o seu objetivo principal: o estudo dos misteriosos "asteroides troianos".

Estes dois grupos de rochas espaciais, todas com nome escolhido em referência a personagens da mitologia grega, acompanham o planeta Júpiter numa espécie de escolta, à frente e atrás, na órbita do Sol.

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A Lucy encontra-se agora numa fase relativamente tranquila da sua viagem, afastando-se do Sol a mais de 50.000 quilómetros por hora. A equipa continua a monitorizar o percurso à medida que a sonda se dirige para as regiões mais frias e escuras do sistema solar exterior.

A sonda vai passar a maior parte de 2025 a navegar pelo cinturão de asteroides e espera-se que chegue perto do asteroide Eurybates, o seu primeiro alvo científico, em agosto de 2027.