Imagine que sai com os amigos e acaba por beber uns copos a mais e exceder o limite de álcool no sangue permitido por lei para uma condução segura. Para evitar situações de perigo, está em fase de pesquisa e desenvolvimento uma nova tecnologia que vai permitir ao carro detetar se o condutor tem álcool a mais no sangue, o que automaticamente bloqueará a opção de condução.

Num evento realizado a semana passada, o administrador da National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), Mark Rosekind, revelou que a tecnologia que está em desenvolvimento desde 2008. A agência formou parceria com a Detroit’s Big Three para criar o sistema Driver Alcohol Detection System for Safety (DADSS), um sistema não-invasivo que tem como objetivo detetar, em menos de um segundo, quando o condutor tem uma taxa de alcoolémia acima do que é permitido por lei.

Como explicado no vídeo que se segue, duas tecnologias estão a ser desenvolvidas para o projeto: a primeira é um dispositivo capaz de "cheirar" a respiração do condutor e a outra é um sensor de toque incorporado no botão de ignição ou nas mudanças que verificam, através do dedo do condutor, o seu nível de álcool no sangue.

“Há ainda uma grande quantidade de trabalho a fazer, mas o apoio do Congresso e da indústria ajudou-nos a atingir marcos importantes na investigação e desenvolvimento”, afirmou Mark Rosekind. “DADSS tem um enorme potencial para evitar conduções alcoolizadas em grupos específicos, tais como condutores adolescentes e frotas comerciais”, como salienta em comunicado.

Mas nem todos estão contentes com o desenvolvimento do serviço. Segundo o Detroit News, a American Beverage Institute, uma associação da área da restauração, opõe-se ao projeto. O instituto argumenta que os sensores “não vão fazer nada para manter os condutores perigosos fora da estrada". "Em vez disso, o DADSS vai simplesmente fazer com que muitas pessoas responsáveis, que bebem um copo de vinho ao jantar, não consigam ligar os seus carros”, declarou Sarahh Longwell, uma das responsáveis pelo grupo.

Várias empresas automóveis estão envolvidas no projeto como a BMW Group, a Ford, a Jaguar, a Porsche e a Mercedes-Benz. No entanto, este serviço ainda tardará a chegar pois segundo a agência, a pesquisa e o desenvolvimento do produto final ainda levará mais cinco a oito anos.