Em cerca de três meses, desde meados de dezembro, é a quarta vez que o vulcão da Península de Reykjanes na Islândia entra em erupção e não existe sinais de abrandamento. A última vez que o vulcão entrou em erupção foi no dia 8 de fevereiro e pouco mais de um mês, no último fim-de-semana, no dia 17 de março, a lava voltou a alastrar-se pelo território.

Segundo as autoridades do departamento de meteorologia da Islândia, a mais recente erupção do vulcão espalhou-se por uma área de 5,85 quilómetros quadrados, como as imagens de satélite e drones registaram. A erupção começou no sábado de noite, através de duas fissuras na região. Até esta segunda-feira, dia 18, a lava tinha percorrido cerca de 330 metros da estrada costeira da península, obrigando à evacuação da aldeia piscatória de Grindavík, avança o Newsweek.

Veja na galeria imagens do vulcão:

As fissuras vulcânicas têm sido abertas num dique vertical de magma, com aproximadamente com cerca de 15 quilómetros, que corre desde o Nordeste para Sudoeste da península. Na análise dos peritos em vulcanologia, nas anteriores erupções a lava penetrou nas defesas construídas à volta de Grindavík, tendo mesmo chegado perto da central de energia em Svartsengi (cerca de 1 quilómetro), afetando o fornecimento do sistema de água quente para 20 mil pessoas da vila.

A mais recente erupção inundou a área anteriormente afetada pela lava do vulcão e parou a 200 metros do mesmo cano que transportava água quente para a vila.

O ex-presidente da Islândia, Ólafur Ragnar Grímsson, referiu na sua conta da rede social X, que a mais recente erupção foi a mais poderosa entre as mais recentes, com uma abertura no chão de cerca de 3 quilómetros, espalhando a lava pela região.