Entre dezembro a fevereiro registam-se os meses mais quentes do ano em Chile, correspondentes ao verão. O calor está a afetar diversas regiões do país, causando incêndios de grandes proporções, mas as autoridades também já detiveram 31 pessoas, alegadamente por participação na origem de alguns deles. Os fogos já provocaram 24 mortos, consumiram mais de 417 mil hectares de terreno e destruíram mais de 1.478 edifícios e casas, avança a Lusa.
Os serviços de satélite têm registado a evolução dos incêndios, captando as áreas lavradas pelos fogos e as emissões do fumo na atmosfera, destacando que os ventos fortes estão a piorar a situação, alastrando pelo Oceano Pacífico, salientou o serviço de monitorização do Copernicus. É ainda referido que a extensão dos incêndios apenas foi ultrapassada pela época de 2017, onde se registou cerca de 3.000 fogos, que resultou em 575 mil hectares de área ardida.
Veja na galeria as imagens de satélite dos incêndios e expansão do fumo no Chile:
O serviço de monitorização dos Estados Unidos NOOA também registou imagens impressionantes de satélite dos incêndios e do fumo projetado na atmosfera. Salienta que as temperaturas ultrapassaram os 40 graus Celcius no Hemisfério Sul. Os incêndios afetaram três zonas populacionais: Araucanía, Biobío e Ñuble, onde estão concentradas áreas agrícolas de vinhas, maçãs e framboesas.
Portugal enviou o contingente da Força Operacional Conjunta (FOCON), constituído por 144 unidades da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), da Força Especial de Proteção Civil (FEPC) da ANEPC, da Guarda Nacional Republicana, do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, das corporações de bombeiros da região de Lisboa e Vale do Tejo e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
As forças de ajuda portuguesas foram recebidas pela Ministra de Relações Exteriores chilena Antonia Urrejola, que agradeceu a solidariedade do povo português. O Embaixador português do Chile, Carlos de Sousa Amaro, reafirmou o compromisso permanente português com o país, recordando que anteriormente, também elementos chilenos se deslocaram a Portugal para ajudar no combate aos fogos florestais. O Embaixador salientou que este é o maior grupo que o país enviou para o estrangeiro para este tipo de missão, salientando “uma prova de solidariedade entre os dois países”.
Ao todo, são mais de 750 militares, bombeiros e especialistas que chegaram ao Chile oriundos da Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Espanha, Itália, México e Venezuela que vão participar no combate aos incêndios florestais, avança a Lusa.
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