A expetativa em torno do mais recente modelo do smartphone da Apple levou a que a fabricante cancelasse o arranque das vendas em parte das suas lojas. Os tumultos à porta das lojas de Pequim e Xangai motivaram a decisão que deixou os fãs da marca - já impacientes - ainda menos satisfeitos e prontos a retaliar…com ovos!



A Apple justificou a decisão de não chegar a abrir algumas das suas lojas esta sexta-feira com a necessidade de preservar a segurança dos clientes e dos empregados, devido ao elevado número de pessoas que ao longo de toda a noite se foram concentrando à porta das principais App Stores.



O facto de muitos chineses terem colocado online anúncios disponibilizando-se para ir para as filas das lojas ganhar lugar, a troco de algum dinheiro (as propostas citadas na imprensa internacional falam em valores a partir de 18 euros), também terá contribuído para aumentar a massa humana que se foi acumulando durante a noite.



Outra razão apontada pela imprensa internacional para a decisão da fabricante é o facto de terem sido detetados grandes grupos de compradores ao serviço dos vendedores do mercado negro. Com uma logística ainda difícil na China e uma enorme procura de equipamentos, floresce no país um mercado paralelo de equipamentos que são comprados à marca e revendidos a preços mais elevados.




No entanto, este argumento não foi reconhecido pela Apple e nem sequer é consensual. Outros analistas garantem que a Apple está a crescer a um ritmo tão vertiginoso no mercado chinês que o fenómeno não representa propriamente uma ameaça.



Na China a Apple conta com um total de quarto lojas oficiais, a que se juntam vários acordos de distribuição com empresas locais. Os dispositivos da marca estão ainda à venda via Internet e através dos canais de venda dos operadores móveis que comercializam o iPhone.



Estas opções continuaram disponíveis durante o dia de sexta-feira e não foram afetadas pelas medidas de cancelamento das vendas que algumas lojas da marca se viram obrigadas a adotar.



Para controlar o desânimo de quem esperou horas às portas das lojas que não abriram foi no entanto necessária a intervenção da polícia. Os tumultos em alguns casos materializaram-se em ataques às montras, com ovos.

Vejas as imagens captas pelas lentes dos fotógrafos da Reuters e da Associated Press.

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Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira