A NASA vai testar um novo sistema de lançamento de satélites desenvolvido pela SpinLaunch. O sistema é um acelerador de massa suborbital, testado pela primeira vez com sucesso em outubro do ano passado, como pode ver no vídeo abaixo, e ainda a caminho de se transformar numa alternativa comercial.

O lançador da SpinLaunch está montado numa câmara de vácuo em aço, com 91 metros de diâmetro, onde a carga é ligada a um braço de fibra de carbono e girada a uma velocidade de 8.000 Km/h, antes de ser lançada em direção ao espaço, detalha a News.com.

Veja o vídeo

Esta espécie de "centrifugadora gigante” começou a ser desenvolvida pela SpinLaunch em 2014, como um projeto de inovação, está agora a caminho de se transformar numa alternativa credível ao sistema convencional de lançamento de carga para o espaço.

Foi pensado sobretudo para o lançamento de pequenos satélites para a órbita baixa da Terra, equipamentos com peso até 200 kg, e promete diminuir significativamente os custos e o impacto ambiental do lançamento de satélites.

Como explica a empresa no site, ao contrário dos rockets lançados de forma convencional, o sistema da SpinLaunch está preso a uma base terrestre com um sistema de lançamento que usa energia elétrica para gerar força centrífuga e não combustível. A empresa está também a desenvolver satélites talhados para o seu sistema de lançamento, mas compatíveis também com um lançamento convencional.

Spinlaunch
créditos: SpinLaunch

A NASA assinou um contrato com a empresa para experimentar o sistema, que pode vir a ser usado em futuros lançamentos de carga para o espaço. O teste vai acontecer mais para o final do ano. Para já a SpinLaunch tem uma base de lançamento no Novo México, mas quer também ter uma numa zona costeira.

Estas novas instalações vão ter três vezes o tamanho das instalações no Novo México e capacidade para lançar foguetes até à camada superior da atmosfera. Ai, será ativado um pequeno motor, que dará o impulso necessário para colocar o veículo em órbita e fazer o resto da viagem. Estas viagens orbitais só devem acontecer a partir de 2025, ano em que está previsto o primeiro voo de testes orbital da SpinLaunch.