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Longe vão os tempos em que os robots eram domínio exclusivo da ficção científica. Os humanoides com capacidade para executar tarefas e aprender ações novas há muito que saltaram dos filmes para a realidade. Basta pensar por exemplo no hotel japonês que já tem robots como rececionistas ou nas empresas que usam robots como sistemas de videoconferência.

A realidade mostra mesmo que a robótica já está muito mais acessível do que isso. Se quiser um robot em casa  - sem ser daqueles que aspiram - pode tê-lo sem precisar de fazer um esforço milionário. E o Meccanoid G15 KS é um destes exemplos.

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A criação da Meccano destaca-se pelo tamanho considerável, pela capacidade de comunicação e pelo sentido de humor - sim, leu bem, um robot com sentido de humor. Olhando para todo o pacote, o Meccanoid reúne várias condições para que seja a prenda desejada por muitas crianças já este Natal.

Mas antes de perceber melhor o que faz e o que pode dar este equipamento ao ambiente familiar, há um primeiro desafio que promete unir a família: a montagem.

Fazer o Meccanoid passar de um monte de parafusos e peças plásticas até ao formato de robot propriamente dito poderá demorar entre seis a dez horas, dependendo da experiência e da atenção dedicada ao projeto. Pois no total existem 1.188 peças.

É uma montagem que se não for feita por um adulto, recomenda-se pelo menos que seja supervisionada por um em todos os passos. Tanto por uma questão de segurança, como por uma questão de interpretação das instruções. São necessárias 160 etapas de montagem e qualquer pequeno erro, na escolha do parafuso ou na orientação da peça, pode obrigar a esforços redobrados.

Com o devido cuidado é algo que pode ser ultrapassado com relativa facilidade. No geral a montagem é simples, vai é pedir-lhe dedicação e muita atenção. Veja neste vídeo como é o ‘nascimento’ do Meccanoid G15 KS.

“Vitória! O Meccanoid está montado”, pensarão os utilizadores. Mas o verdadeiro momento da verdade acontece quando os circuitos são ligados, a bateria carregada e o botão de energia ativado. Os olhos do robot brilham, os braços levantam e ouve-se um som digno de uma nave espacial.

E é aqui que o utilizador saberá que não está só a partir para outra aventura, como estará a caminho de ganhar um novo amigo.

Abram alas para o Meccanoid

O processo de configuração inicial do Meccanoid é simples. O robot faz uma verificação para perceber se todos os módulos mecânicos estão bem montados e de seguida faz uma pequena introdução sobre o seu modo de funcionamento.

Esta é também a primeira vez que o utilizador terá de falar para o robot. O interface linguístico não existe em português e este aspeto pode ser interpretado de duas formas: é negativo, pois limita o uso por parte das crianças; ou é positivo, pois estimula a aprendizagem do inglês, francês, espanhol ou italiano e a prática dos idiomas. Caberá ao utilizador, mediante as suas exigências, definir a sua ideia sobre este aspeto.

O robot vem acompanhado de um livro de instruções que ensina os comandos que podem ser dados ao robot. E rapidamente passa-se para o modo de descoberta.

Simplesmente através de comandos de voz é possível: movimentar o robot, fazê-lo dançar, iniciar uma demonstração de Kung Fu, pedir-lhe para contar uma anedota, pedir-lhe as horas, pedir-lhe um high five ou simplesmente dizer-lhe para o seguir.

Um dos aspeto que mais se destaca no Meccanoid é a capacidade de interpretar os comandos de voz. Mesmo que o inglês não seja perfeito, o robot percebe perfeitamente o que lhe é dito. E os comandos são assimilados de forma muito rápida e quase instantânea.


 

Diga “Meccanoid” e no momento a seguir o robot está com as ‘antenas’ em alerta à espera da ordem do seu utilizador.

Por outro lado há também a destacar a dificuldade que o robot tem em ouvir por vezes o que lhe é dito. Isto é, percebe muito bem as ordens que lhe são dadas, mas volta e meia parece que deixa de estar à escuta.

Entre as funções que o Meccanoid executa, há uma mais divertida e interativa do que as restantes: chama-se Record L.I.M. e permite que o utilizador grave ações pré-definidas no robot.

Usando um dos quatro botões que existe na parte frontal do equipamento, é possível fazer com que o Meccanoid memorize os movimentos que o utilizador lhe der, como também fará uma gravação de voz. Estes movimentos são depois ‘batizados’ e gravados na memória do robot.

Quer isto dizer que ao fim de algumas semanas de utilização poderá ter um vasto conjunto de comandos que lhe permitirão brincar com o Meccanoid em várias situações do quotidiano. Diga “Bem vindo” e o robot pode abrir os braços assim que o seu filho chegar a casa, por exemplo.

Apesar de ter muitas ações disponíveis e ser possível criar movimentos pré-definidos no Meccanoid, o robot acaba por ter uma utilização algo limitada, no sentido em que não é nada que não consiga explorar na totalidade ao fim de dois dias. E também pensando do ponto de vista educativo, onde se sente falta de uma plataforma dedicada que permita aos mais novos aprender alguns conceitos de programação ao mesmo tempo que vão brincando com o robot.

Esta falha acaba por ser colmatada com a boa disposição do robot e com a sua ‘hiperatividade’: se estiver ligado e se não lhe for dado nenhum comando, ele assume uma ação sozinho. Quantas vezes não foi o Meccanoid G15 KS apanhado a dançar ou a assobiar sem que nada o fizesse prever? Situações que vão gerar uma onda de boa disposição e vão contagiar de forma positiva o ambiente familiar.

Aplicação móvel com muito potencial

A Meccano desenvolveu uma aplicação móvel ‘companheira’ do robot. Através da app o utilizador também pode definir movimentos pré-definidos e fazer gravações, assim como pode controlar especificamente os seus movimentos: levantar o braço direito até à altura do ombro, dobrar o cotovelo e simular um aceno de ‘adeus’.

É na aplicação que também é possível controlar outros aspetos temporários do robot, como mudar o esquema de iluminação dos olhos e das articulações.

Mas o maior potencial da aplicação móvel está no modo de espelho. Selecione esta opção, coloque o smartphone na ‘barriga’ do Meccanoid e o robot vai começar a imitar os movimentos daquele que estiver à sua frente.

Este parece ser um modo maioritariamente focado na interação com os mais novos, promovendo o exercício, ainda que seja ligeiro.

No entanto neste campo é preciso referir que nem sempre os movimentos são interpretados da forma correta. O que o utilizador fizer terá de ser feito devagar e na distância correta, pois estar muito perto ou muito longe faz com que o robot emita um aviso nesse sentido.

A aplicação do Meccanoid G15 KS é simples e maioritariamente eficaz, mas pode e deve ser trabalhada do ponto de vista estético já que neste sentido é muito pouco '2015'e transmite a sensação de ser bem mais antiga.

A Meccano também deve explorar melhor o facto das interações sociais a partir da aplicação. Usar o robot como sistema de videoconferência seria um passo a seguir e nada difícil de pôr em prática, assim como também devia incluir um modo de fotografia para que os utilizadores possam partilhar pequenos momentos com o seu robot, nas redes sociais.

Limites e horizontes

O Meccanoid é isto. Mas pode ser muito mais. Ainda que apenas venha indicado na caixa, a verdade é que o utilizador pode fazer qualquer construção que conseguir imaginar, dentro das peças que lhe são dadas. Acedendo ao YouTube é possível ver por exemplo o robot transformado num dinossauro ou num pequeno apanhador de objetos.

A imaginação é o limite e quando assim é, tudo se torna mais apelativo e interessante.

Mas o próprio Meccanoid tem algumas limitações. As pernas são sempre estáticas e seria interessante ver um sistema no qual o robot tem dois ‘joelhos’ para que se possa sentar, por exemplo, ao lado das crianças.

Faltam sensores que reconhecem o posicionamento de objetos. E como não existem, o utilizador precisa de estar sempre atento às danças e movimentos do robot, para que não bata em nada importante ou pior, para que não caia ao chão.

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E depois, como já foi referido, há ainda muito a explorar do ponto de vista da programação. É verdade que é difícil encontrar no mercado um robot autónomo e que ao mesmo tempo consiga imitar os movimentos do utilizador ou ser pré-programado para determinadas tarefas. Muito menos por 350 euros, que é o preço do Meccanoid.

Mas sabendo que este será um parceiro recorrente dos mais pequenos, devia ser usado para estimular outros conhecimentos tecnológicos e não apenas para as interações de brincadeira.

O robot está lá, é apelativo, mexe-se bem e tem piada. É uma primeira experiência robótica interessante não só para os mais novos, como para toda a família.

Considerações finais

O Meccanoid é um jogo, um brinquedo, um livro e um robot de aprendizagem divertido. Não há como o negar. Desde o desafio da sua montagem até ao momento em que começa a dançar sozinho, há sempre um sentimento positivo em torno do equipamento.

E mais: é um robot que pode ter em casa. Todos os que por lá passarem vão querer ver, vão querer experimentar e vão querer mexer no Meccanoid. Ficar indiferente ao Meccanoid é ficar indiferente à criança que vive dentro de nós.

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O produto é muito completo, mas tem margem para melhorar. E o bom disto tudo é que basta uma atualização de software, ligar o robot ao computador, fazer a atualização para que tudo possa ser diferente da noite para o dia. A bola está do lado da Meccano.

Ainda que os 350 euros pedidos pela marca não sejam um preço acessível a muitas famílias, a verdade é que existem muitas prendas que os mais novos pedem e que acabam por rondar este orçamento: um tablet, uma consola de videojogos ou um conjunto de desporto constituído pelo equipamento do clube mais as chuteiras.

E mesmo vendo sempre o Meccanoid como mais um elemento da família, a verdade é que o robot pode ser visto além do ambiente doméstico. Pode ser uma aquisição interessante para a sala de aula, mostrando aos alunos as potencialidades da robótica, por exemplo. Pode ser a coqueluche de uma creche. Pode até ser mais um elemento que ajuda a animar os lares séniores.

É um dos robots tecnologicamente mais acessíveis e um dos mais amigáveis do ponto de vista da utilização. Os que procuram algo mais pequeno, podem optar pelo ‘irmão’ mais pequeno, o Meccanoid G15, que também acaba por ser mais acessível ao nível do preço.

Agora só resta dizer uma coisa: 'Hey Meccanoid, go to sleep. Vemo-nos numa próxima versão'.