No próximo dia 19 de novembro, os fãs de Pokémon vão ter acesso a mais um título para a Nintendo Switch: Pokémon Brilliant Diamond e Pokémon Shining Pearl. Produzido para agradar tanto aos antigos fãs da série, esta é também uma oportunidade de apresentar o mundo de Sinnoh e a sua quarta geração de Pokémon aos novos jogadores. Como o título indica, trata-se de mais um remake de um jogo clássico da série, desta vez de Pokémon Diamond e Pokémon Pearl que foram lançados em 2006 na portátil DS.
Não existem planos para introduzir novos Pokémons nesta edição, como seria de esperar, por isso, o jogo centra-se até à quarta geração das famosas criaturas. De notar que a Game Freak, a produtora e criadora da série não assume a produção deste jogo, a primeira vez para um título da linha principal de Pokémon, visto estar a desenvolver Pokémon Legends: Arceus, previsto para o dia 28 de janeiro do próximo ano. Os novos jogos enquadram-se no 25º aniversário do universo Pokémon.
Veja na galeria imagens do jogo:
Ao leme do remake está o estúdio ILCA, sob supervisão da Game Freak, sendo coproduzidos por Yuichi Ueda da ILCA e o diretor dos jogos originais, Junichi Masuda. O estúdio é conhecido como suporte a equipas principais, tendo estado envolvido em títulos como Dragon Quest XI, Yakuza0 e Nier Automata, por exemplo. E foi também o estúdio responsável pela aplicação Pokémon Home.
Antecipando o lançamento do jogo, o SAPO TEK teve a oportunidade de assistir a uma apresentação privada do novo jogo por representantes da Nintendo e da The Pokémon Company. E uma das novidades que salta à vista nas primeiras imagens é a nova direção artística para o jogo.
Uma nova direção artística, mas a aventura é a mesma
O estúdio trocou o aspeto original em pixel art em 2D da versão DS, para um ambiente mais colorido (e plástico) com elementos tridimensionais e as personagens têm agora um aspeto “chibi” e uma perspetiva gráfica mais salientada, que lembra jogos como Animal Crossing: New Horizons e The Legend of Zelda: Link’s Awekening lançados na Switch. E este novo design tem separado as opiniões dos fãs, entre os mais conservadores que preferiam manter toda a fidelidade do jogo original e aqueles que acham adorável o novo aspeto.
Apesar de ser considerado um remake, com a referida liberdade estética, os representantes da Nintendo salientaram que foram feitas também outras melhorias a nível de mecânicas e conteúdos. E claro, uma tradução de um jogo concebido para uma portátil com dois ecrãs, agora adaptado o display único da Switch.
Em primeiro lugar, na altura os elementos de conectividade eram uma novidade, mas funcionavam mal, por isso, as ligações online pretendem funcionar como um feature, pretendendo dar nova vida ao jogo. É que vários jogadores podem juntar-se para explorar certas áreas do jogo, nomeadamente a área Grand Underground. Seja online ou via wireless local, os jogadores podem ainda trocar Pokémons ou participar em batalhas entre si. Mas no geral vai ser interessante ver os jogadores a correr pelo cenário.
Os jogadores iniciam a aventura com a escolha de um dos três conhecidos Pokémons iniciais: Piplup, Chimchar e Turtwig. E os treinadores têm bem mais opções cosméticas para as suas roupas e acessórios, uma vez que os encontros online vão procurar refletir o estilo de cada jogador.
De notar que a história será exatamente a mesma do original Pokémon Diamond e Pokémon Pearl, em que os treinadores têm de enfrentar os oito líderes de ginásios ao longo da aventura, para se tornarem os campeões de Sinnoh. Quanto a Pokémons, estarão disponíveis 450 para completar o Pokédex. Durante a jornada, os treinadores terão de investigar toda a mitologia por detrás dos Pokémons Lendários Dialga e Palkia, enquanto procuram salvar o mundo da destruição dos vilões da Team Galactic.
Muitos elementos do clássico estão de regresso, tal como a construção de uma base secreta, onde podemos colocar estátuas de Pokémons que encontramos ao longo da aventura. A sua combinação vai afetar a forma como as criaturas se comportam e até fazer os mais raros aparecerem. O mini-jogo de mining permite encontrar fósseis e estátuas, em que os jogadores devem alternar entre um maço e um martelo mediante a resistência das pedras. Um toque em falso pode gerar uma derrocada e ditar o fim da atividade.
Outro local que os fãs adoraram no original e que está de regresso é o Great Marsh, similar aos locais de Safari. Aqui existem Pokémons únicos, que devem ser capturados com a Safari Pokeball. É possível arremessar lama para os irritar, mas isso poderá também afugentá-los. Também pode usar isco para atrair estas criaturas mais raras, pois ficam mais amigáveis e suscetíveis a serem apanhados. E esta área é referida como enorme, sendo necessário apanhar um comboio para visitar todos os locais.
Os jogadores podem ainda criar os Poffins, uma espécie de guloseima onde se misturam ingredientes. Através do ecrã tátil pode-se fazer a mistura dos mesmos. Também o Poketch está de regresso, uma ferramenta que regista diversas informações, incluindo os passos que o jogador dá, o estado das criaturas e até truques escondidos. Como este ocupava a parte de baixo da versão DS, este sistema foi refeito para a Switch, com a possibilidade de o colocar onde quiser no ecrã.
Claro que as batalhas continuam a ser a alma da aventura e as suas mecânicas por turnos dispensam apresentações. Executar golpes até atordoar os Pokémons adversários, para se arremessar a Pokéball para o tentar apanhar.
Os Super Contests foram também revistos, com adição de mais interatividade. É possível colar até 20 autocolantes nas cápsulas das bolas que são encontrados no mundo. Estes stickers criam efeitos únicos e depois entrar nos concursos de beleza, por exemplo, em diferentes ranks. Depois vai exibir um Pokémon numa das cápsulas que personalizou, onde são avaliados os efeitos dos Pokémons a aparecer quando são arremessadas.
Por fim, há ainda um torneio de dança, numa mecânica de ritmo que requer o timing correto a premir os símbolos na passagem da grelha. Ao executar os passos corretamente enche uma barra de energia, para depois disparar um truque especial e acumular combos de pontuação.
A The Pokémon Company tem ainda mais segredos na manga que pretende revelar em breve, mas para já é tudo o que foi mostrado. Mais uma vez, o seu ambiente familiar e mecânicas atualizadas, assim como um grafismo renovado, poderá agradar tanto aos fãs mais velhos do universo, como uma oportunidade dos novos jogadores conhecerem as criaturas. E se possível, apanhá-las todas.
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