Uma câmara analógica de 35mm da Leica sagrou-se ontem a máquina fotográfica mais cara alguma vez vendida, ao ser arrematada por 2,16 milhões de euros, num leilão, em Viena de Áustria.

O equipamento em questão faz parte de um lote de 25 câmaras produzido em 1923, para testes. Tanto quanto se sabe, dos equipamentos que ficaram conhecidos como 0-Series apenas 12 terão sobrevivido até aos dias de hoje.

Segundo relata a imprensa internacional, o valor foi atingido em quatro minutos de licitações, que começaram no valor base de 300.000 euros. Menos de cinco minutos chegaram para fazer o valor disparar para os 1,8 milhões - valor que, acrescentados os impostos e comissões devidos, resulta nos 2,16 milhões transacionados.

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O recorde anterior era detido por outro exemplar do mesmo modelo, que tinha sido comercializada pela módica quantia de 1,32 milhões de euros, em 2007.

A marca, que marcou a história da fotografia analógica, tem sabido adaptar-se às novas tendências e assegurar o seu lugar no mercado - nomeadamente através da transição para equipamentos digitais que frequentemente vemos distinguidos entre os da sua classe.

Para além da qualidade, a Leica é conhecida pelos preços, nem sempre ao alcance de todas as carteiras. Outros dos exemplos recentes disso é o modelo recentemente criado em parceria com a Hermès.

Trata-se de uma edição especial do modelo M9-P. A câmara digital de 18 megapixéis estará disponível em dois pacotes com diferentes acessórios, um a comercializar por 25.000 dólares (M9-P Edition Hermès) e outro por 50.000 dólares (M9-P Edition Hermès - Série Limitée Jean-Louis Dumas).

A acompanhar o lançamento desta edição, a marca disponibilizou um vídeo que ilustra a forma como foi criada a máquina, que talvez possa ajudar a explicar o preço.

Nota da Redação: O artigo foi corrigido numa referência às características da Leica M9-P.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes