A Team Ninja é um dos estúdios mais experientes e populares na criação de jogos de combate, com grande foco na cultura japonesa. Começou por ser associada aos desafiantes jogos de ação Ninja Gaiden e os beat n’ ups da série Dead or Alive. Na última década, o estúdio tem criado jogos com grande foco nas mecânicas soulslike, inspirados nos títulos da contemporânea From Software. A série Nioh, o spin off da série Final Fantasy, Stranger of Paradise e no ano passado Wo Long: Fallen Dinasty são os títulos mais recentes do profícuo estúdio, que desde 2019 tem lançado títulos numa base anual.
O mais recente videojogo chama-se Rise of Ronin, um exclusivo para a PlayStation 5, financiado pela própria Sony. E trata-se de mais uma viagem épica a um período histórico do Japão. A ação tem lugar em 1860, quando o império britânico e os Estados Unidos chegam ao Japão, passando pelas tensões internas que dariam origem à Guerra Civil Boshin, entre as forças do Xogunato de Tokugawa que governavam o país contra as forças do Império de Meiji. Historicamente esta guerra levou à extinção do Xogunato e uma maior influência do ocidente.
Veja na galeria imagens de Rise of Ronin
Com este manto histórico real, a Team Ninja criou a sua própria ficção, uma história protagonizada por dois irmãos, treinados como assassinos, conhecidos como Twin Blades. O nome diz respeito ao treino individual de cada personagem, que juntos foram aquilo que é conhecido por cada metade da lâmina de uma espada. Os irmãos são representados por personagens (masculina e feminina) que os jogadores podem criar livremente no editor, no início da aventura.
Um dos principais destaques de Rise of the Ronin é a presença de um mundo aberto à exploração. A Team Ninja dá assim maior liberdade aos jogadores de explorar, aceder a missões secundárias e diversas atividades espalhadas pelo cenário. Há também decisões no desenrolar da narrativa, no que diz respeito às alianças com personagens ou torna-las inimigos. O jogador terá oportunidade de explorar três regiões principais deste período do Japão, tais como Yokohama, Quioto e Edo.
Durante as deslocações, as personagens vão ter cavalos para encurtar distâncias, mas também um planador e ainda um gancho com uma corda. À primeira vista, tendo em conta o ambiente nipónico da aventura, este Rise of the Ronin tem grandes semelhanças com Ghost of Tsushima, uma das principais referências do catálogo PlayStation.
Apesar de algumas mecânicas presentes que lembram Nioh, como as bandeiras para registar a posição, recuperar os frascos de energia, mas que ao mesmo tempo fazem reaparecer os inimigos, este é um jogo mais acessível, com uma direção mais aberta a todos os jogadores. Os golpes são mais simples de executar, sendo uma decisão que o estúdio tomou para se distanciar um pouco dos seus títulos anteriores. De recordar que tal como os soullikes, é necessário bancar os pontos de karma angariados a eliminar inimigos, caso contrário, sempre que morrem precisam de ir ao local para os recuperar.
Ainda assim existe um sistema de evolução da personagem, com elemento de RPG, tornando-se mais poderosa, desbloqueando habilidades numa árvore de talentos. Os protagonistas vão também aceder a um variado arsenal para os combates, assim como armaduras de proteção. Há espadas e catanas, mas também armas de fogo, para ataques à distância.
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O jogo suporta ainda uma componente multijogador cooperativa, embora limitada às missões secundárias e sem impacto na história.
Rise of the Ronin chega em exclusivo à PlayStation 5 no próximo dia 22 de março.
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