Os cientistas já quase tinham desistido de esperar que a sonda Philae acordasse da sua hibernação na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko depois de sete meses de hibernação e de várias tentativas falhadas de recuperar a ligação.

No fim de semana a sonda finalmente "acordou" conseguindo a energia suficiente para enviar uma mensagem e mostrando que está operacional e disponível para recolher os dados como estava previsto, à medida que o cometa faz o seu percurso.

A sonda Rosetta continua a perseguir o cometa e indica que a temperatura está a aumentar e a Philae está agora a receber cerca de três horas de Sol, o que permite recarregar as baterias.

Com a nova energia a sonda poderá agora executar mais de 1,3 horas de operação, mas os cientistas não querem começar por tarefas mais difíceis como a perfuração da superfície do 67P/Churyumov-Gerasimenko.

Stephan Ulamec, responsável pelo projeto, já disse que a ideia é começar a usar os instrumentos que consomem menos energia e continuar a estratégia de enviar poucos dados de cada vez para o centro de comando na Terra.

À hora a que publicamos a notícia a ESA está a fazer uma conferência em Paris onde explica o que está a preparar em termos de investigação no terreno do cometa.

O robot de exploração que está cravado no cometa 67P precisa de pelo menos 19 watts para conseguir transmitir alguma informação para a Terra através da sonda-mãe Rosetta.

A sonda integra a missão Rosetta da ESA que tem vindo a perseguir o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko para saber mais sobre estes objetos e a sua aproximação ao Sol. A Rosetta é a nave que continua a perseguir o cometa, enquanto a Philae é o módulo que está cravado na superfície, o que acontece pela primeira vez numa missão deste género.

O TeK tem vindo a acompanhar o "namoro" das sondas Rosetta e Philae com cometa e já partilhou os pormenores conhecidos do 67P, como por exemplo, ter semelhanças com uma pedra-pomes e "cheirar" a ovos podres, a estábulo de cavalo e a vinagre.