Em fevereiro, a OpenAI revelou ao mundo a Sora, a sua primeira ferramenta para criação de vídeo a partir de texto. Ainda antes de abrir a possibilidade de utilização da ferramenta, a empresa liderada por Sam Altman anunciou que trabalharia primeiro com designers, realizadores e criadores para ter o seu contributo sobre como pode desenvolver o modelo e torná-lo mais útil.

A tecnológica já partilhou os primeiros resultados desta colaboração e explica que, embora ainda tenha que fazer várias melhorias, já é possível ver como a Sora está a ajudar a tornar ideias em realidade.

Nos exemplos partilhados pela empresa, que poderá ver compilados no vídeo que se segue, poderá ver trabalhos de artistas como Paul Trillo, Nik Kleverov, August Kamp, Josephine Miller, Don Allen Stevenson III, Alex Reben e do grupo shy kids (composto por Walter Woodman, Sidney Leeder e Patrick Cederberg)

Veja o vídeo

Mas o que pensam os artistas sobre a Sora? A oportunidade de expressar ideias, sobretudo as mais abstratas, sem impedimentos a nível técnico ou de orçamento é um dos principais pontos destacados.

Uma simples frase pode criar um vídeo feito por IA. Veja o que a Sora da OpenAI pode fazer
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A par da colaboração com artistas, designers, realizadores e criadores, a OpenAI estará também interessada em trabalhar com estúdios em Hollywood, avança a Bloomberg.

Ao que tudo indica, a empresa terá marcado reuniões com estúdios, executivos da área dos media e agências de talento em Los Angeles com o objetivo de fechar novas parcerias e propor a integração da Sora na indústria do entretenimento.

De acordo com um porta-voz da OpenAI, a empresa está a avançar com uma estratégia de colaborações com a indústria, implementando as suas soluções com IA de forma gradual para uma maior segurança e para dar às pessoas uma ideia das novas oportunidades trazidas pela tecnologia.

No entanto, a utilização de IA no mundo da sétima arte também tem gerado polémica. Embora a tecnologia já seja usada em alguns processos, a popularização de ferramentas com IA generativa que permitem, por exemplo, criar vídeos a partir de comandos textuais ou replicar rostos e vozes de artistas levanta preocupações.

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No ano passado, um grupo de senadores norte-americanos apresentou uma proposta de lei federal, conhecida como No Fakes Act, concebida para proteger atores e artistas da utilização abusiva da sua imagem e voz para criar réplicas através de IA generativa.

A proposta foi apresentada numa altura em que guionistas e atores estavam a debater o tema, sendo aplaudida pelo sindicato SAG-AFTRA, que defendeu que a proposta oferecia uma proteção federal histórica da propriedade intelectual contra a apropriação indevida das performances de voz e parecenças em gravações de áudio e trabalhos audiovisuais.