Depois de ter sido atirado para uma cadeira de rodas há 13 anos, após ter ficado ferido num tiroteio, Erik Sorto está agora a viver uma nova oportunidade. Com a ajuda de tecnologia avançada e experimental o homem tem conseguido interargir com um braço robótico através do pensamento. O segredo está num chip implantado no cérebro.

Os testes com Erik Sorto têm sido feitos nos últimos três anos e desde então já consegue cumprimentar as pessoas e até beber cerveja. “Quero ser capaz de beber a minha própria cerveja - ser capaz de beber ao meu próprio ritmo, quando quero dar um gole na cerveja e não ter de pedir a ninguém para ma dar. Realmente sinto falta dessa independência”, disse o norte-americano, citado pela imprensa internacional.

É o Instituto Tecnológico da Califórnia (Caltech) quem está a trabalhar com Erik Sorto no desenvolvimento desta tecnologia. E é a instituição que está a trabalhar numa versão mais refinada do sistema de controlo remoto através do implante de chips no cérebro, um tema que é explorado na revista Science.

O que difere a experiência de Erik Sorto de outras? Os cientistas decidiram estudar a parte do cérebro que controla a intenção de movimento e não a que controla os músculos. Desta forma podem usar um membro externo como apoio, em vez de tentar “reativar” os membros paralisados do paciente.

A tecnologia está no entanto longe de chegar ao grande público. O modelo usado por Erik Sorto, por exemplo, implica que tenha o cérebro ligado diretamente a um computador para poder controlar o braço robótico.

Existem ainda alguns problemas para ultrapassar, como evitar infeções - o paciente até ao momento ainda não teve nenhuma - e tentar criar um método wireless, mas que se torna difícil devido ao grande número de informação que o cérebro envia.

O próximo objetivo dos cientistas é fazer com que o utilizador e o braço robótico consigam criar uma relação háptica e que permite a Erik Sorto recriar o efeito da pressão quando está a agarrar num objeto.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico