Apresentado em 2021, o projeto The Line ambiciona construir uma megacidade futurista na Arábia Saudita. A cidade ficará contida numa estrutura com 500 metros de altura que se estende por 170 quilómetros, numa espécie de linha gigantesca coberta por espelhos.

A construção do projeto, com um custo estimado de 500 mil milhões de dólares, em já começou e novas imagens de satélite mostram como está a avançar. 

As imagens, recolhidas pela australiana Soar Earth e partilhadas pelo website MIT Technology Review, mostram as escavações que estão a ser feitas para concretizar o projeto, assim como centenas de veículos e estruturas construídas para albergar milhares de trabalhadores.

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Segundo a análise da Soar Earth, para já, apenas metade dos 170 quilómetros contam com trabalhos de construção. A Neom, empresa responsável pelo projeto, afirma que a megacidade terá 200 metros de largura, mas as imagens permitem verificar que as atuais medidas variam entre os 70 e 150 metros. Além disso, nesta fase, a profundidade das escavações parece rondar os 20 metros.

Em outubro, um vídeo captado pelos drones da Ot Sky, partilhado pelo website Dezeen, já tinha revelado como estavam a evoluir os trabalhos, demonstrando um vasto conjunto de retroescavadoras a preparar o terreno no deserto para a construção das bases da megacidade.

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Depois de ter notado uma falta de imagens de satélite de alta-resolução da construção do projeto, a Soar Earth pagou à CG Satellite, da China, e da 21AT, e de Singapura para captarem a zona. Os motivos que levam outras empresas com satélites na órbita baixa do planeta a não captarem imagens ou a não as divulgarem publicamente não são totalmente claros.

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De acordo com a Neom, a megacidade será capaz de albergar até nove milhões de pessoas, utilizando energias 100% renováveis e tendo uma pegada carbónica neutra. Espera-se que os trabalhos de construção estejam concluídos em 2030.

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No entanto, o The Line também tem levantado polémica. Por um lado, há quem duvide das ambições do projeto em matéria de sustentabilidade ambiental. Por outro, a construção da megacidade está a ter impacto na população local, de etnia Howeitat, que foi forçada a sair.  Segundo a imprensa internacional, existem casos de pessoas que se manifestaram contra a construção que acabaram por ser condenadas à prisão e acredita-se que uma delas terá sido alegadamente morta pelas autoridades do país.