
A JAXA (Agência de Exploração Aeroespacial do Japão) em parceria com a NEC Corporation, realizaram aquela que é considerada a comunicação ótica mais rápida entre satélites alguma vez registada no mundo. Com um comprimento de onda de 1,5 μm, a comunicação intersatélite registou uma velocidade de 1,8 Gbps, através da utilização do sistema de comunicação por laser (LUCAS) da NEC.
A comunicação decorreu entre o satélite avançado de observação da Terra-4, o DAICHI-4 e o satélite de transmissão ótica de dados em órbita geoestacionária, que estão separados a cerca de 40 mil quilómetros. Foi também realizada a primeira transmissão de dados de observação para uma estação em terra, igualmente feita pelo satélite geoestacionário.

A primeira experiência de transmissão de comunicação ótica intersatélite tinha sido feita pela JAXA e a NEC em outubro do ano passado. Os dados obtidos foram analisados, ditando o sucesso da transmissão através do LUCAS, a partir de uma grande quantidade de dados de observação da Terra, que são difíceis de obter através da comunicação direta com as estações terrestres em áreas onde estas não estão acessíveis, aponta a empresa.
O sinal com os dados observados viajou num percurso pelo Ártico, Europa e África e a utilização do LUCAS permitiu reduzir a aquisição de dados de amplas áreas a uma única transmissão. Foram usados feixes de luz “altamente focados”, havendo dessa forma um menor risco de interferências ou espionagem, diz a NEC. E aponta que a utilização de laser é essencial para se conseguir futuramente, no espaço, comunicações de alta velocidade e elevada capacidade.

Os 1,8 Gbps de velocidade de transmissão de dados é 7,5 vezes mais rápida do que a capacidade de 240 Mbps do satélite de teste KODAMA, que funciona com ondas de rádio de geração anterior. Para adquirir e transmitir os sinais para o satélite que se move a alta velocidade, requer sistemas óticos muito precisos e a respetiva tecnologia de controlo.
Contas feitas, a uma altitude de 36 mil quilómetros, o satélite em órbita geoestacionária movimenta-se a cerca de 3,1 km/s, enquanto o satélite de observação da Terra em órbita baixa move-se a 7,6 km/s. O sistema orienta de forma contínua e com mais precisão o feixe de luz do laser do sistema LUCAS.
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