
Há um novo “caçador” de planetas com ADN português no Telescópio ESO de 3,6 metros do Observatório de La Silla, no Chile. O NIRPS (Near-Infrared High Resolution Spectrograph) conta com a participação do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e já está operacional.
Como explica Alexandre Cabral, investigador responsável pela equipa de Instrumentação e Sistemas para Astronomia do IA, em comunicado, o IA foi responsável pelo desenho, construção e teste do ADC (Atmospheric Dispersion Corrector) do novo “caçador” de planetas.
O sistema de ótica adaptativa do NIRPS permite simular na Terra condições semelhantes às do Espaço, anulando os efeitos da turbulência do nosso planeta e aumentando a precisão do instrumento.
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O objetivo do espectrógrafo passa por ajudar os cientistas a estudar exoplanetas rochosos, que se julga serem a chave para decifrar a formação e evolução planetária. De acordo com os investigadores, as observações feitas através do NIPRS poderão também fornecer pistas sobre a composição deste tipo de planetas e permitir a procura por sinais de vida nas suas atmosferas.
“O NIRPS vai permitir obter espectros de grande precisão em comprimentos de onda de infravermelho, que complementam os dados que hoje estamos a recolher na banda do visível, com espectrógrafos como o HARPS [High Accuracy Radial Velocity Planet Searcher], em La Silla, ou o ESPRESSO, no VLT [Very Large Telescope]”, afirma Nuno Cardoso Santos, investigador principal da equipa de Sistemas Planetários do IA.
O instrumento será usado para “descobrir novos planetas à volta de anãs vermelhas”, detalha Elisa Delgado-Mena, investigadora do IA e da Universidade do Porto, acrescentando que “por serem estrelas menos quentes, são mais fáceis de estudar no infravermelho”.
O estudo de estrelas é outra das áreas contempladas por este instrumento, abrindo o “caminho para explorar uma nova região espectral, com impacto muito relevante no estudo de exoplanetas e da astrofísica estelar”, realça Nuno Cardoso Santos.
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