A formação de novos astronautas da ESA, o lançamento do satélite de observação da Terra EarthCare ou a inauguração da instalação LUNA, um simulador de uma missão ao satélite natural da Terra, são também marcos no plano de atividades da agência para 2024, noticiou esta terça-feira a agência Efe.

O grande momento do ano para a ESA será, depois de vários atrasos, o voo inaugural do Ariane 6, previsto entre 15 de junho e 31 de julho, um novo foguetão que dará novamente à Europa acesso autónomo ao Espaço.

Com este novo foguetão, que se encontra agora em testes finais, será possível chegar à órbita terrestre e ao Espaço profundo, o que facilita a navegação europeia, a observação da Terra, os programas científicos e de segurança.

Além disso, serão retomados no outono os voos do Vega-C, um lançador de tamanho médio que expandirá a autonomia da Europa no Espaço, facilitando novas possibilidades de missão, incluindo operações de regresso à Terra com o veículo de reentrada espacial ESA Rider.

Veja as imagens do voo inaugural do Vega-C

Outro destaque será o lançamento da Hera, missão de defesa planetária e segunda parte de outra chamada DART da NASA (agência espacial norte-americana), que em setembro de 2022 colidiu com um asteroide para desviá-lo.

O lançamento do Hera está previsto para outubro, a partir do Cabo Canaveral (EUA), a bordo de um foguetão da SpaceX. O seu destino final será o asteroide binário Didymos, para realizar estudos quer sobre este, quer sobre o Dimorphos, que foi desviado pelo DART.

Já passou mais de uma década desde que a ESA formou os seus últimos astronautas, mas este ano, em abril, um novo grupo finalizará o seu percurso de mais de um ano de formação, sendo composta por cinco titulares.

A atividade da ESA continuará na Estação Espacial Internacional e , em meados de janeiro Marcus Wandt segue rumo ao espaço na missão Axiom-3, com quem participará de atividades de investigação e divulgação de microgravidade durante 14 dias.

Além disso, o primeiro astronauta dinamarquês Andreas Mogensen, que está na Estação Espacial desde agosto para a missão Muninn, que conta com mais de 20 experiências científicas europeias, deverá regressar à Terra no final de fevereiro.

Vários satélites também estão planeados para serem lançados este ano. Em maio será a vez do Tierra EarthCare, uma iniciativa conjunta entre a ESA e a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA).

O satélite investigará o papel que as nuvens e os aerossóis desempenham na reflexão da radiação solar incidente de volta ao Espaço e na captura da radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra para melhor compreender a evolução da temperatura no nosso planeta.

No verão, a missão Proba-3 será lançada a bordo de um veículo da Organização Indiana de Investigação Espacial (ISRO), com dois pequenos satélites que estudarão a ténue coroa solar e a atmosfera circundante, além de utilizar tecnologias inovadoras para medir a posição com precisão das duas naves espaciais.

Para outubro está prevista a inauguração da instalação LUNA no Centro Europeu de Astronautas em Colónia (Alemanha), projetada para recriar a superfície lunar, fornecer um campo de treino para astronautas e um centro de testes de tecnologia para continuar a avançar em direção ao satélite natural da Terra.