![“Prever” quais os embriões com menor risco de virem a contrair doenças no futuro? Uma startup diz ser possível](/assets/img/blank.png)
A fertilização in vitro já é uma realidade há cerca de 40 anos, mas agora uma startup norte-americana quer ir ainda mais além nesta área. O objetivo passa por permitir que os futuros pais "eliminem" os embriões que apresentam um alto risco de, no futuro, desenvolverem determinadas doenças ou de um défice de inteligência. A notícia avançada pelo MIT Technology Review, que já há dois anos reportava os planos desta startup, garante ainda que a Genomic Prediction vai lançar nas próximas semanas estudos de caso com os seus primeiros clientes.
Mas de que forma é que a startup consegue “prever” estas características? De acordo com as informações disponíveis no site, a Genomic Prediction recorre a medições de ADN para "prever" quais são os embriões do procedimento deste método de reprodução medicamente assistida que apresentam a menor probabilidade de no futuro contraírem 11 diferentes doenças comuns, como a diabetes e cinco tipos de cancro.
De acordo com folhetos distribuídos pela startup, o método permite também avisar os clientes para a existência de embriões que estarão entre os 2% de pessoas mais baixas em relação à altura da população ou os 2% menos inteligentes.
Não será de estranhar que, segundo o site, o filme de inspiração do CEO da startup Laurent Tellier seja o Gattaca, um filme no qual os seres humanos são escolhidos geneticamente em laboratórios e as pessoas concebidas biologicamente são consideradas menos válidas.
Ainda assim, e até agora, as clínicas de fertilidade ainda não disponibilizaram o teste, garante o site. Em vez disso, as pessoas estarão a ter conhecimento destes relatórios através de meios de propaganda, como folhetos que acabam por levar às consultas. A título exemplificativo, e segundo o MIT, um casal teve recentemente uma consulta na clínica de fertilidade da Universidade de Nova Iorque e aconteceu isso mesmo. Citado pelo site, o presidente de obstetrícia e ginecologia do instituto mostra-se preocupado com esta tecnologia.
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Ainda numa fase inicial de experimentação, o teste é realizado em algumas células de um embrião de fertilização in vitro com vários dias de idade. Resta aguardar pelos resultados dos ensaios clínicos e pela opinião pública.
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