Um satélite Spaceway-1 da DirectTV, uma subsidiária da companhia norte-americana de telecomunicações AT&T, está em risco de explodir devido a um problema na bateria. A empresa teme que a situação possa ganhar contornos catastróficos, afetando o funcionamento de outros satélites e pediu autorização à Federal Communications Commission (FCC) para conduzir uma operação de emergência.

O satélite está em órbita desde 2005 e já ultrapassou o seu “prazo de validade” de 12 anos. De acordo com o pedido da DirectTV à autoridade reguladora, foi detetada uma anomalia que provocou danos “térmicos significativos e irreversíveis” na bateria do Spaceway-1 em dezembro de 2019.

A Boeing, a fabricante do equipamento, analisou a situação e concluiu que o risco de explosão se torna significativamente elevado a partir de 25 de fevereiro deste ano. É nesta altura em que se prevê que satélite passe pela sombra da Terra, deixando de recorrer a energia solar e passando a usar as suas baterias. Para evitar uma potencial catástrofe, a DirectTV indica que a retirada de órbita e a desativação do Spaceway-1 são urgentes.

A FCC dita que todos os satélites em fim de vida precisam de esgotar o seu combustível antes de entrar numa rota a 300 quilómetros acima da órbita geoestacionária, local onde se encontra a maioria dos grandes satélites de telecomunicações. No caso do Spaceway-1, o procedimento poderia demorar entre dois a três meses. No entanto, numa corrida contra o tempo, a DirectTV pediu autorização à autoridade reguladora para esgotá-lo em apenas 30 dias.

Ainda antes da identificação do problema nas baterias, a DirectTV tinha intenções de manter o Spaceway-1 a funcionar até 2025, ultrapassando largamente o período de vida útil do equipamento. Contudo, agora, a prioridade da empresa é desativá-lo e retirá-lo da órbita geoestacionária.