Conhecido como PACE, o satélite Plankton, Aerosol, Climate, Ocean Ecosystem foi lançado a bordo de um foguetão Falcon 9 da SpaceX, a partir de Cabo Canaveral, na Flórida, eram 06h33 desta quinta-feira em Lisboa. A NASA confirmou a aquisição de sinal do satélite cerca de cinco minutos após o lançamento, informando que a nave está a funcionar conforme o esperado.

“Parabéns à equipa PACE pelo lançamento bem-sucedido. Esta nova adição à frota de satélites de observação da Terra da NASA irá ajudar-nos a aprender, como nunca antes, como as partículas na nossa atmosfera e nos nossos oceanos podem identificar os principais fatores que afetam o aquecimento global”, disse o administrador da NASA, Bill Nelson, citado em comunicado.

A centenas de quilómetros acima da Terra, a missão PACE vai estudar o impacto de coisas minúsculas, muitas vezes invisíveis, como a vida microscópica na água e partículas microscópicas no ar.

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O instrumento hiperespectral de cor dos oceanos do satélite permitirá analisar mares e outros corpos de água num espectro de luz ultravioleta, visível e infravermelha próxima. Desta forma será possível acompanhar a distribuição do fitoplâncton e - pela primeira vez a partir do espaço - identificar diariamente a presença de comunidades destes organismos à escala global. Os dados resultantes serão importantes para ajudar a prever a saúde das pescas, acompanhar a proliferação de algas nocivas e identificar alterações no ambiente marinho.

O satélite também está equipado com dois instrumentos polarímetros - o Hyper-Angular Rainbow Polarimeter #2 e o Spectro-polarimeter for Planetary Exploration - capazes de detetar como a luz solar interage com as partículas na atmosfera, dando aos investigadores novas informações sobre aerossóis atmosféricos e propriedades das nuvens, bem como sobre a qualidade do ar às escalas local, regional e global.

Com a combinação do instrumento hiperespectral e dos polarímetros, o objetivo é que o PACE forneça informação sobre as interações do oceano e da atmosfera e sobre a forma como as mudanças climáticas afetam essas interações.