A agência espacial norte-americana anunciou que o Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), lançado em 2018 para identificar potenciais planetas, excedeu já todas as metas estipuladas para a sua missão. O satélite já registou mais de 2.200 corpos celestes que se incluem nos critérios. Centenas desses são planetas mais pequenos do que a Terra e muitos deles apresentam características de um planeta rochoso, como o nosso, embora isso não signifique que sejam habitáveis.
As expectativas da NASA ficavam-se pelos 1.600 potenciais planetas identificados nos primeiros dois anos de missão.
Apesar dos valores, isto não significa que todos os registos correspondam verdadeiramente a planetas, uma vez que todos eles terão de ser analisados. Até à data, a NASA já confirmou que 120 deles são, de facto, planetas. A agência espera que, no futuro, o telescópio espacial James Webb possa avaliar estas hipóteses em maior detalhe.
Das descobertas do TESS, a imprensa especializada destaca algumas menos convencionais, como o planeta rochoso TOI-700, que se encontra a "apenas" 100 anos-luz de distância; o TOI 849 b, que é um gigante gasoso sem atmosfera; ou o LHS 3844, uma superterra com uma órbita de 11 horas.
O TESS é já responsável por algumas das descobertas espaciais mais entusiasmantes da última década. Em 2019, o satélite identificou um exoplaneta do tamanho da Terra. Mais tarde, nesse ano, a nave detetou o exoplaneta mais pequeno alguma vez registado e as descobertas somaram-se nos meses seguintes. Em outubro, com a ajuda dos dados registados pelo aparelho, um investigador do Porto liderou a descoberta de um “planeta improvável” numa estrela gigante vermelha.
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