Quatro dias antes da data limite para a entrega de uma posição definitiva à ISO, da parte de cada país, a Ansol e outras 10 entidades fizeram chegar ao Ministério da Economia e Inovação e ao Instituto Português da Qualidade, um último pedido para que o sentido de voto português no processo de apreciação da proposta de norma da Microsoft para os documentos estruturados fosse alterado.



A carta recordava que a comissão técnica nomeada para apreciar a proposta chegou a uma votação final de “Sim Com Comentários”, que a associação pedia que fosse alterada para “Não Com Comentários”. O “Sim Com Comentários” não dá aos países a garantia que os seus comentários, quando de natureza técnica, venham a ser analisados e incorporadas alterações na norma, argumentava a Ansol. A associação referia ainda no documento a pouca representatividade da comissão técnica nacional.



A comissão técnica criada em Portugal para analisar a proposta de norma da Microsoft para os documentos Office, o OpenXML, anexou ao seu “Sim” um conjunto de 87 comentários que sumariam um conjunto de pontos nos quais as especificações deveriam ser revistas ou alteradas.



Além disso, a discussão em Portugal ficou marcada por acusações de falta de representatividade da comissão técnica que, mesmo depois de ter sido reforçada no número de membros, deixou de fora mais de meia dúzia de entidades interessadas em votar a proposta.



Ontem, dia 2 de Setembro, era o último dia para os países membros da ISO fazerem chegar ao organismo internacional de normalização o seu voto e dar a conhecer se aprovam ou não um novo standard para a área dos documentos. A mesma onde a ISO já normalizou o OpenDocumentFormat, um formato concorrente.



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