Importa a utilização que se faz das tecnologias e não as tecnologias em si, por isso as despesas empresariais com as TI, ultimamente postas em causa, continuam a fazer sentido, sempre que justificadas pelo retorno do investimento, um conselho deixado pelo painel “As tecnologias da Informação: um novo ciclo de crescimento”, do 13º Congresso das Comunicações da APDC.



“Actualmente os gastos só se podem fazer quando justificados pelo retorno do investimento”, defendeu Brian Marshall, da AMS, que lançou o debate para o painel desta manhã. “São as condições de mercado que deverão guiar as tecnologias e não o contrário, como durante muito tempo erradamente se pensou” referiu defendendo que a tecnologia por si só não faz nada se não a acompanharem processos de negócio.



Concordando com a ideia, João Matias, da Oracle, acrescentou que o que se devia discutir actualmente é a forma como as TIC podem contribuir para transformar os negócios e a maneira de fazer negócio. “Isto começa com a Internet”, referiu. “A Internet já transformou, está a transformar e vai transformar a maneira de fazer negócio”. Para o responsável da Oracle as empresas devem olhar para a Internet como forma de transformar a maneira de fazer negócio e não só de suporte ao negócio.



As tecnologias são realmente um elemento diferenciador para as empresas sempre que se apliquem de forma eficiente aos modelos de negócio, sublinhou Gonzalo Olea, da Cisco. "Não são as tecnologias em si que importam, mas sim a utilização que delas se faz", lembrou.



Gonzalo Olea acredita que o futuro do investimento nas TIC passa pelo On Demand Computing – uma ideia igualmente defendida por Sérgio Aniceto, da IBM - pelo conceito de Network Virtual Organization e também pela utilização da tecnologia Internet “sobretudo capacitada pela banda larga”.



Para Josmar Ribeiro, da Sun, faz sentido falar em disrupção provocada pelas tecnologias, ideia partilhada por Carlos Lacerda da Microsoft. “Acreditamos na disrupção, mas há motivos que a desaceleram como o spam, questões ligadas à segurança, ou os vírus”, salientou Carlos Lacerda. O responsável da Microsoft Portugal apontou outros aspectos de incentivo à disrupção, como os discos de alta capacidade, o surgimento de maior capacidade de processamento, a movimentação para a tecnologia de processamento de 64 bits e a banda larga.



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