Os dois funcionários que desempenharam funções no IGFEJ - Instituto de Gestão Financeira e dos Equipamentos da Justiça, como diretor e como coordenador do Departamento de Arquitetura de Sistemas, tinham sido acusados de ocultação de informação depois das falhas registadas na plataforma de suporte da Justiça, fazendo com que durante cerca de 40 dias os Tribunais estivessem paralisados

Hugo Tavares e Paulo Queirós tinham sido afastados das suas funções depois de conhecido o relatório sobre os problemas no Citius, que apontava para a existência de indícios de que chefias intermédias teriam omitido informações importantes na preparação do sistema para a reforma judiciária.

Agora o inquérito foi arquivado pela Procuradoria Geral da República, que explica em comunicado que decidiu pelo arquivamento do inquérito por "considerar não existirem indícios (art.º 277º n.º 1 do Código de Processo Penal) do crime de sabotagem informática e por não terem sido apurados indícios suficientes (art.º 277º n.º 2 do Código de Processo Penal) quanto ao crime de coação".

O inquérito teve início em 27 de Outubro de 2014 e foram coligidos documentos e inquiridas testemunhas, tendo sido interrogados os dois arguidos.

Os dois funcionários da Polícia Judiciária, que estiveram em comissão de serviço no IGFEJ, já tinham garantido que "enquanto dirigentes no IGFEJ, desempenhando funções, respectivamente, como director e como coordenador do Departamento de Arquitectura de Sistemas, executaram, em coordenação com as demais entidades e responsáveis do referido IGFEJ, o que lhes foi pedido e ordenado".

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