Os analistas previam semanas para a recuperação total causado pelo apagão da CrowdStrike, que afetou 8,5 milhões de sistemas e equipamentos com Windows. Uma semana depois o problema ainda não está totalmente resolvido, mas o CEO da empresa, George Kurtz aponta que já foram recuperados cerca de 97% dos sensores com Windows, até esta quinta-feira, dia 26 de julho.

Na sua mensagem no LinkedIn, George Kurtz deixou o apreço ao esforço dos seus clientes, parceiros e a equipa da CrowdStrike. “Ainda assim, compreendemos que o nosso ainda não está completo e continuamos empenhados em restaurar cada sistema impactado”, salienta na promessa de que a empresa não vai descansar até conseguir a totalidade da recuperação.

O CEO da empresa continua a pedir perdão pessoal pela disrupção causada pelo apagão e às pessoas que foram afetadas. Sem prometer a perfeição, George Kurtz promete uma resposta focada, efetiva e com sentido de urgência.

Para ajudar na nesta missão, a empresa criou técnicas de recuperação automática, além da mobilização de todos os recursos da empresa para suportar os seus clientes. Foi ainda referido que a empresa publicou um relatório preliminar do incidente e as medidas que está a tomar para prevenir de acontecerem mais no futuro. O relatório explica que são feitas atualizações de configuração nos seus sensores de duas formas: Sensor Content que é lançado diretamente com o sensor; e o Rapid Response Content, desenhado para responder a mudanças das ameaças a uma velocidade operacional. O problema ocorreu neste segundo, através de uma atualização que continha um erro não detetado.

Apagão informático causado pela CrowdStrike já tem correção. Mas recuperação total vai demorar semanas
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Os sensores afetados pertencem a uma solução de cibersegurança da CrowdStrike chamada Falcon, instalada em equipamentos como computadores ou portáteis, com o objetivo de proteger contra ameaças. O apagão deveu-se a uma anomalia do Falcon que causou um conflito no Windows, dando origem ao famoso ecrã azul (Blue Screen of Death).

problema começou a ser relatado na Austrália e rapidamente se espalhou para os Estados Unidos, Índia e Europa, afetando uma grande variedade de serviços, incluindo companhias aéreas (que continuam a ver centenas de voos cancelados e milhares de atrasos), transmissões de televisão e até caixas registadoras em supermercados.

Numa nota publicada pela empresa foi referido que o problema foi rapidamente identificado e foi lançada a correção, não se tratando de um ciberataque. Ainda assim, o CEO da empresa disse ter consciência que adversários e mal-intencionados pudessem tentar explorar este tipo de vulnerabilidades, alertando a todos para se manterem vigilantes e terem a certeza de que estão a interagir com representantes oficiais da CrowdStrike enquanto procuram resolver os problemas causados pelo apagão.