Os dados das consultoras relativas ao segundo semestre mostram mais uma vez diferenças, geradas pela diferente formula de cálculo das vendas e equipamentos, mas a tendência é a mesma. No primeiro trimestre as vendas de computadores tinham caído cerca de 10%, com a HP a mostrar maiores perdas.

A IDC indica que entre abril e junho de 2016 as vendas de PCs cairam 4,5% numa comparação anual, ficando acima da previsão que apontava para quedas de 7,4%. No total terão sido vendidas 62,4 milhões de equipamentos. Segundo a consultora, os números foram "salvos" sobretudo pelo mercado norte-americano, que teve um desempenho acima do esperado refletindo um dólar mais forte e uma maior estabilidade do mercado.

Para a Gartner as vendas neste trimestre fixaram-se nos 64,3 milhões, numa descida de 5,2% face ao mesmo período de 2015, somando sete trimestres consecutivos de perdas no mercado de PCs, mas são também vistos sinais positivos, sobretudo no mercado norte americano. 

Algumas tendências como a possibilidade de retoma nas vendas devido à substituição de equipamentos para aproveitar o fim do upgrade gratuito do Windows, e esvio de investimento em telemóveis e tablets para PCs pode trazer os números para terreno positivo ainda antes de 2018.

Em termos de marcas a Lenovo manteve a liderança, com um crescimento forte no mercado norte-americano mas com alguns deslizes noutros mercados, o que fez baixar o crescimento global. A HP retomou um crescimento positivo, assim como a Dell que conseguiu crescer no Japão e nos Estados Unidos, embora na Europa e Médio oriente continue com um desempenho fraco. 

Também a Asus conseguiu recuperar no segundo trimestre, ultrapassando a Apple e ganhando a quarta posição no top de fabricantes. A IDC admite que a perda de posição da Apple está relacionada com o aumento da concorrência enquanto a empresa aguarda para refrescar o seu portfólio de computadores, o que afetou as vendas.