A Polícia Judiciária já tinha confirmado que estava a investigar o ataque de que a Vodafone Portugal foi alvo ontem, e que fez com que praticamente todos os serviços da operadora ficassem inacessíveis, deixando sem comunicações 4 milhões de clientes. Em conferência de imprensa, Carlos Cabreiro reforçou o trabalho da unidade de cibercrime.
Tal como Lino Santos tinha adiantado em entrevista ao SAPO TEK, também Carlos Cabreiro diz que ainda não é possível saber de forma concreta, o que está subjacente ao ataque à operadora portuguesa, mas adianta que "estamos a falar exclusivamente de um crime informático que uma operadora de comunicações foi vítima”. Afastando a possibilidade de este ser um ataque ao país ou a outras organizações, acrescenta ainda que a operadora foi "único alvo".
Mário Vaz, CEO da Vodafone Portugal tinha sublinhado hoje, ao início da tarde, que o ataque "teve origem num ato terrorista, criminoso, dirigido à nossa rede" e que não terão sido comprometidos dados de clientes.
Este é um facto que a Polícia Judiciária diz que está ainda a apurar, para saber se alguma informação confidencial ou dados pessoais foram expostos. Este um dos objetivos da investigação ao ciberataque à empresa que está em vias de resolução.
A PJ está a trabalhar em estreita colaboração com parceiros internacionais, como aconteceu com outros ataques informáticos recentes, e também com os Serviços de Segurança Interna. Carlos Cabreiro lembra que estes ciberataques estão a acontecer com regularidade em todo o mundo.
Em comunicado esta tarde, a PJ reconhecia que as dificuldades de serviço se mantinham mas que a informação de que dispunha indicava que estavam apenas relacionadas com esta situação da operada e não com outros alvos ou ataques informáticos. “A dimensão global do ciberespaço tem potenciado o aumento deste tipo de ataques que, em regra, assumem uma dimensão internacional”.
A Vodafone estimava ter a situação recuperada até final da tarde e já confirmou que iniciou o restabelecimento dos serviços base de dados móveis sobre a sua rede 4G, num comunicado às 18h4o.
A empresa confirma que este arranque de serviços está atualmente condicionado a zonas restritas do país, "estando gradualmente a ser expandido para o maior número possível de clientes".
Segundo a Vodafone, o serviço está igualmente sujeito a algumas limitações, nomeadamente no que respeita à velocidade máxima permitida "de forma a garantir uma melhor monitorização da utilização da rede, bem como uma distribuição mais equitativa e sustentável da capacidade disponibilizada aos nossos clientes".
Nota da redação: notícia atualizada com mais informação. Última atualização 23h41
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