O programa Galileo, que almeja consolidar um novo sistema europeu de navegação por satélite, não vai contar com os contributos do Reino Unido. A tecnologia deverá estar operacional a partir do ano 2020 e estará à disposição dos governos, das forças armadas e dos cidadãos dos Estados-membro da União Europeia.

Apesar de já ter investido cerca de mil milhões de libras no projeto, a saída da UE vai afastar o país dos benefícios que podem provir deste sistema, uma vez que “o envolvimento de Estado não-membro pode comprometer a segurança desta tecnologia”.

Na próxima ronda de contratos, que vai assegurar a contratação de empresas interessadas em contribuir para o desenvolvimento do programa, todas as empresas britânicas serão arredadas do lote de candidatos. No que toca às decisões relacionadas com este projeto, o Reino Unido terá, doravante, estatuto de observador.

Em resposta à decisão comunitária, Sam Gyimah, ministro britânico responsável pela pasta da Ciência, Investigação, Inovação e Ensino Superior, disse que “o governo britânico tem sido claro quanto à sua preferência em contribuir integralmente para o projeto Galileo, como parte de uma parceria com a UE, no sector da segurança”. O Reino Unido ameaçou ainda desenvolver o seu próprio sistema de localização se se vir totalmente afastado deste programa e disse poder vir a pedir um reembolso total do dinheiro alocado para o mesmo.