A Comissão Europeia lançou um Observatório para discutir a tecnologia de blockchain, uma base de dados frequentemente utilizada para registar transacções feitas com criptomoedas como a bitcoin, a litecoin e o ethereum.

Através do Observatório e Fórum da UE para a Tecnologia de Cadeia de Blocos, Bruxelas quer aproveitar o enorme potencial social e económico destas tecnologias “para tornar as transações online mais seguras, ao prevenirem ataques e ao eliminarem a necessidade de qualquer intermediário”, diz Andrus Ansip, o vice-presidente responsável pelo Mercado Único Digital, em comunicado.

Salientando que vários empresários europeus já oferecem soluções baseadas na tecnologia, a Comissão refere ainda que “estas tecnologias deverão ter impacto no sector dos serviços digitais e transformar os modelos empresariais numa vasta gama de domínios, como os cuidados de saúde, seguros, finanças, energia, logística, gestão dos direitos de propriedade intelectual ou serviços públicos".

Para Mariya Gabriel, a Comissária responsável pela Economia e Sociedade Digitais, trata-se de criar o “ambiente adequado, um Mercado Único Digital para a tecnologia de cadeia de blocos, em vez de uma manta de retalhos de iniciativas”, pelo que esta tecnologia é um factor de mudança e em “cujo desenvolvimento a UE deve estar na vanguarda”.

Desde 2013, que a Comissão tem vindo a financiar projetos de blockchain, tendo já alocado 83 milhões de euros a esta área através de  programas de investigação da União Europeia. E, até 2020, vai financiar com até 340 milhões de euros, projectos dedicados a este protocolo.

Além do Observatório, Bruxelas vai lançar também um prémio de cinco milhões de euros para distinguir as melhores inovações ao abrigo deste protocolo.