As tecnologias e soluções informáticas que permitem aos pais controlarem aquilo que os seus filhos fazem enquanto navegam na Internet estão mais
eficazes, mas ainda falham na filtragem de alguns conteúdos, nomeadamente em aplicações como o Skype ou o MSN.

As conclusões são da Comissão Europeia que analisou 25 ferramentas de controlo parental para PCs, três para consolas de jogos e duas para telemóveis.

Com base na análise, Bruxelas refere que as tecnologias testadas estão mais eficazes no bloqueio de conteúdos adultos e outros conteúdos
nocivos, face aos primeiros testes, realizados no ano passado.

No entanto as ferramentas continuam a não responder da melhor forma na filtragem de conteúdos relacionados com o racismo ou com o auto-flagelo (sites que promovem a anorexia, o suicídio ou auto-mutilação).

"No geral, as ferramentas não conseguem filtrar todos os tipos de conteúdos gerados pelos utilizadores na Internet - embora possam bloquear o acesso a redes sociais e serviços
de streaming, só muito poucas ferramentas são capazes de filtrar contactos em aplicações como o Skype ou o MSN", assinala a Comissão Europeia.

Na análise refere-se ainda que as ferramentas de controlo parental para PCs são, normalmente, fáceis de instalar, no entanto os testes dão conta de que a sua personalização não é fácil. Por exemplo, as possibilidades de diferenciar configurações para utilizadores de diferentes idades são poucas.

A maioria das soluções oferece um conjunto alargado de funcionalidades para a filtragem de conteúdos, como estabelecer tópicos ou URLs a bloquear e a criação de black lists e white lists.

As consolas de jogos testadas tinham a sua própria tecnologia de controlo parental integrada, capaz de controlar chats, jogo online e a compra e download de conteúdos, mas nenhuma das soluções permite aos educadores filtrarem páginas Web.

Relativamente aos dispositivos móveis, a Comissão Europeia deixa uma crítica sobre o facto de existirem poucas ferramentas disponíveis para a filtragem de conteúdos Web acessíveis via telefone ou consolas, sobretudo quando uma em cada quatro crianças na Europa acede à Internet através do telemóvel.

Por último, a referência de que o inglês continua a ser a língua mais utilizada nas ferramentas de controlo parental, havendo pouca escolha para outros idiomas. Quando existe, normalmente a eficácia das funcionalidades é maior em inglês.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico