A China estará a preparar-se para a ciberguerra, utilizando informação recolhida através de sucessivos ataques informáticos a organismos públicos e empresas norte-americanas, que terão começado há vários anos.
Os dados são de um estudo da Northrop Grumman Corp., encomendado pela Comissão de Análise EUA-China sobre Economia e Segurança, cujos resultados foram dados a conhecer recentemente.
"A China está, provavelmente, a utilizar os seus recursos de exploração de redes de computadores para adquirir informação sobre o Governo e a indústria dos Estados Unidos, com uma campanha sofisticada e de longo prazo para exploração de redes", cita a imprensa internacional.
A comissão relata um ataque a uma empresa norte-americana ligada ao Governo, há vários anos atrás, que teve origem ou passagem pela China e era semelhante a outros incidentes com origem no mesmo país.
Durante o ataque, a informação guardada nos seus sistemas informáticos da empresa estava a ser enviada para vários computadores localizados dentro e fora dos EUA. Embora o relatório não identifique a empresa, afirma que os ataques visaram informação específica, levando a crer que se tratava de uma operação sofisticada e bem coordenada, levada a efeito por pessoas com conhecimentos para fazer uso de informação sobre tecnologia avançada. Durante esse episódio foi por diversas vezes identificada a utilização de um IP localizado na China.
Os responsáveis que investigaram os vários ataques estabelecem também ligações entre a comunidade chinesa de hackers de "elite" e o Governo e semelhanças entre vários ataques tidos como originários daquele país.
Afirmam também que os recursos informáticos utilizados durante os ataques são tão sofisticados e caros que "seria, no mínimo, difícil [obtê-los] sem qualquer tipo de patrocínio estatal".
O relatório aponta como potenciais alvos as redes e bases de dados do Pentágono, com vista a afectar os sistemas de comando e controlo e, possivelmente, corromper informação codificada.
Citando informações de 2007 da Força Aérea dos EUA, o relatório fala ainda em, pelo menos, 10 a 20 terabytes de dados confidenciais roubados das redes do Governo, como parte de uma estratégia continuada para reunir informações destinadas a criar mensagens de phishing destinadas a criar novas debilidades nos sistemas.
A análise do Northrop Grumman Corp. baseia-se essencialmente em dados de organismos públicos, informação publicada em sites de hackers chineses, artigos técnicos e dados do departamento de consultoria de informação em segurança da empresa. Não foram, contudo, apresentadas provas da teoria.
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