Cientistas norte-americanos desenvolveram um protótipo de uma máquina fotográfica que dispõe de um campo de visão muito semelhante ao olho humano, em mais um passo para a criação futura da retina artificial.




Segundo a equipa de investigadores em ciência de materiais das Universidades de Illinois e Northwestern, responsável pelo projecto, o protótipo tem aproximadamente o tamanho e forma de um olho e uma "retina" curva sensível à luz, refere-se num artigo publicado esta quinta-feira na revista Nature.



As câmaras convencionais usam lentes curvas para focar imagens numa superfície plana onde a luz é captada por filme ou sensores digitais. Todavia, essa focagem distorce a imagem, sendo necessárias mais lentes para reduzir as distorções, o que aumenta o volume e preço do dispositivo.
Em comparação, a visão humana usa uma única lente e não faz distorção porque foca as imagens numa superfície curva na parte de trás do olho.




A chave da invenção, refere a Nature, consistiu em contornar os obstáculos técnicos à colocação de fotodetectores de silicone (píxeis) em superfícies curvas, em vez de planas.




O novo protótipo permite assim obter melhor nitidez de imagem e maior campo visual, uma técnica que, no futuro, ajudará a simplificar e a aperfeiçoar o desenho de minicâmaras fotográficas e que poderá também ser usado em imagiologia biológica.




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