
São 92 os projetos que estão inscritos no concurso de programação da sexta edição do Sapo Codebits. São quase 300 programadores dos 800 convidados que tentam mostrar ao público e aos responsáveis do Sapo que as ideias que desenvolveram têm utilidade e têm margem de evolução nos próximos meses.
Esta é pelo menos a expectativa dos DIMEN5ION, uma equipa de quatro elementos que está a trabalhar num jogo de realidade aumentada. Joel Oliveira, João Costa, Pedro Santa e Rui Leite trouxeram a ideia pensada de casa e durante 48 horas, que terminam perto da hora de almoço de sábado, trabalham o projeto. O trabalho é distribuído de maneira estruturada, ficando cada elemento com a sua parte: design, programação e pesquisa são algumas das tarefas necessárias para o desenvolvimento de um conceito.
Até às 9 horas de sábado esperam conseguir ter tudo funcional para poderem começar a espalhar o jogo pelo recinto do Codebits mesmo antes da apresentação. A equipa está empenhada numa boa demonstração, o que mostra o lado mais "competitivo" do evento.
Ainda que de uma perspetiva diferente, os D3Beeper também estão a desenvolver uma aplicação móvel e que está relacionada com o jogo Diablo. O conceito não é totalmente "legal" e este é um exemplo do outro tipo de espírito que existe no Codebits. Ainda que o júri e o público em geral possam não ter o interesse despertado pela aplicação, esta vai servir os interesses próprios de Duarte Fonseca, Marco Damião e Teresa de Deus, os membros da equipa.
Os D3Beeper não trouxeram nada pensado de casa e alguns dos elementos nem vinham com a ideia do concurso, mas sim das diversas talks que estão disponíveis, tanto no palco principal como nos três iglôs do recinto. Além do desafio pessoal, os elementos conseguem passar ainda por um processo de aprendizagem, ao pesquisarem os melhores métodos para atingirem os resultados.
O universo das aplicações móveis atrai sem dúvida a atenção atual dos programadores, mas existem outras equipas que estão a desenvolver projetos que envolvem também componentes de robótica.
Todos os projetos passaram por uma fase de entrevista com um júri "desconhecido" que comunicava com as equipas através de Skype. Os 92 projetos têm 60 segundos para "vender" a ideia, seguindo-se depois um tempo de conversa para se perceber até que ponto a ideia é executável.
Mas na maratona de três dias nem todos os programadores que estão na Sala Tejo do Pavilhão Atlântico vieram para participar no concurso de programação. Alguns aproveitam o ambiente para vir terminar projetos que começaram em casa ou na empresa, enquanto outros trazem tarefas empresariais específicas.
Sábado à tarde é dia de conhecer as ideias que foram desenvolvidas. O TeK vai acompanhar a entrega dos prémios e os leitores do site serão os primeiros a conhecer os vencedores.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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