A Comissão de Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) já reagiu à notícia que dá conta de um ataque ao sistema informático da entidade. Em comunicado o secretariado admite ter havido um "acesso indevido" e também confirma que podem ter sido roubados ficheiros.

A reação chega depois de uma auditoria técnica feita ao sistema informático, feita juntamente com a empresa que presta assessoria sobre a plataforma.

"Dessa avaliação concluiu-se, para já, que poderá ter havido um acesso indevido à sua aplicação, que poderá ter permitido a visualização e eventual cópia/reprodução de documentos digitalizados nela arquivados", lê-se na mensagem.

No entanto também fica saliente a ideia de que "feitas as adequadas avaliações técnicas, não se confirma que tenha sido conseguido o acesso aos registos informáticos individuais dos jornalistas".

Numa explicação mais detalhada é dito que "o username e a password divulgados não existiam na base de dados da CCPJ, tendo sido criados pelos indiciados suspeitos. Esses elementos, a par da lista de usernames, passwords e emails divulgada, já devidamente testada pela CCPJ, não permitem o acesso à aplicação informática".

Agora a CCPJ vai avançar com uma queixa junto do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, seguindo o procedimento já feito anteriormente, após um outro ataque do qual foi vítima. Este terá sido portanto o segundo ataque num curto espaço de tempo.

No comunicado enviado à imprensa é ainda dito que a segurança do sistema informático já foi reforçada, mas este será um trabalho que continuará a decorrer ao longo dos próximos dias. A plataforma do CCPJ pode assim sofrer problemas de utilização no futuro próximo.

Recorda-se que vários piratas informáticos do coletivo Anonymous Portugal reivindicam o ataque, o que resultou na publicação de alegados dados privados de 300 jornalistas e na disponibilização online de milhares de ficheiros da comissão que gere as carteiras profissionais dos jornalistas em Portugal.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico