Há precisamente 25 anos, a Philips e a Sony revolucionavam o mercado mundial com o desenvolvimento do Compact Disc. Na altura poucos imaginavam que o pequeno disco viesse a conquistar o mundo em tão pouco tempo, substituindo as cassetes e o vinil.



O lançamento oficial dos discos compactos aconteceu em Novembro de 1982 e a sua comercialização teve início na primavera seguinte. A primeira banda a vender o seu trabalho em CD foram os ABBA, que apostaram no suporte para comercializar o álbum "The Visitors", editado pela Polygram.



Rapidamente o CD assumiu-se como um dos maiores sucessos da indústria e, desde então, já foram vendidos mais de 200 mil milhões unidades destes pequenos suportes.



Com o passar dos anos, os CDs deixaram de estar exclusivamente ligados à música e voltaram a revolucionar o mercado ao permitirem a gravação de conteúdos, passando a funcionar também como suporte de armazenamento de dados, ao invés da tradicional disquete.



Contudo, nos últimos anos a indústria tem vindo a sofrer as consequências da revolução tecnológica e o aparecimento do formato MP3 e das pendrives começaram a marcar o percurso do CD no mercado e a dar razão às previsões de Bill Gates que, há cerca de três anos, afirmava que o disco compacto tinha os dias contados.



Apesar de continuar a ser o canal preferencial de venda dos artistas, o CD começou a enfrentar a concorrência de outros suportes e sobretudo das alternativas de armazenamento online. Redes de partilha de música como Napster, Kazaa e BitTorrent deram o arranque para uma nova era e levaram à diminuição das vendas de CDs.

Posteriormente, a chegada de serviços como o iTunes, que apostam na venda de músicas e álbuns digitais consolidaram a nova tendência que se vinha afirmando no segmento da música digital.



Como reflexo desta realidade, a comercialização de discos compactos baixou significativamente no ano passado para os 553 milhões só nos Estados Unidos, o que representa uma quebra de 22 por cento desde 2001, altura em que se venderam 712 milhões de unidades.



Patricia Barreiros




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