Um ano depois do projeto ter sido anunciado, o minicomputador ultra barato desenvolvido por um programador inglês - e adotado por uma Fundação sem fins lucrativos - já está a ser instalado em algumas escolas britânicas de Leeds e começou a chegar às mãos dos utilizadores que fizeram as encomendas online.

Esta é a primeira remessa do Raspberry Pi que foi criado com o objetivo de inspirar os jovens a desenvolver capacidades de programação. O sábado foi dedicado a aulas de experimentação, lideradas pelo coordenador do projeto, Eben Upton, que explicou às crianças como podiam usar o minicomputador para modificar o jogo da Cobra.

De acordo com o site da Fundação, os primeiros kits já começaram também a ser entregues a utilizadores individuais que encomendaram o Raspberry Pi, e até já há vídeos a comprová-lo, mas esta semana há mais encomendas a cumprir.

Recorde-se que as vendas online começaram a 29 de fevereiro, mas as unidades disponíveis esgotaram rapidamente. Não se sabe ainda quando será possível encomendar novas unidades, mas os distribuidores têm sistemas de pré-registo a funcionar.

O Raspberry Pi é baseado num processador ARM, 256 MB de RAM, duas portas USB, uma porta Ethernet e corre uma versão do sistema operativo Linux, o que faz com que o minicomputador seja tão barato. Está ainda prevista uma versão mais económica, sem ligação de rede, que não foi ainda colocada à venda.

A versão atual, com ligação de rede, custa 21 libras, cerca de 25 dólares, mas com IVA e custos de entrega o preço sobe para os 39 euros.

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O conceito de um computador barato para incentivar os jovens a desenvolver capacidades de programação foi desenvolvido por Eben Upton e alguns colegas em 2006, ainda no laboratório da Universidade de Cambridge, e a ideia foi evoluindo, ganhando diversas formas até à apresentação formal do Raspberry Pi no ano passado.

Atualmente o projeto é gerido pela Fundação Raspberry Pi, que envolve sobretudo colaboradores voluntários.

Embora o conceito inicial do minicomputador tenha sido desenvolvido tendo em conta a comunidade educativa, o interesse tem sido enorme e a Fundação tem recebido contactos de várias agências e países em desenvolvimento que pretendem usar os Raspberry Pi como equipamentos de produtividade em áreas como hospitais e museus.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador