A Microsoft Portugal, através da responsável pela divisão Windows, Rita Santos, garante que a empresa sempre soube quantos computadores com Windows XP existiam em Portugal, tanto ao nível do consumidor, como no segmento empresarial e estatal.



“Nós sempre soubemos razoavelmente bem quantos PCs instalados com Windows XP existem no mercado. O que poderá criar algumas dúvidas é quantos desses computadores são utilizadores reais. Por vezes os computadores são tratados como terminais estúpidos ou têm outro tipo de utilização”, explicou a executiva em conversa com o TeK.



Atualmente o sistema operativo que já não goza de suporte oficial da tecnológica tem uma quota de mercado inferior a 10% em Portugal, um valor que na opinião de Rita Santos é uma “pequena percentagem de todo o universo Windows”. De acordo com os números da NetApplications, em julho de 2014 o XP tinha uma quota de mercado de quase 25% em todo o mundo.



“O facto de termos terminado o suporte em abril passado fez com que muitas empresas, que era onde estava o grosso da instalação do Windows XP, migrassem para o Windows 7 e para o Windows 8, dependendo das situações”, acrescentou a responsável da Microsoft Portugal. E de acordo com números da IDC, daqui a três anos cerca de 3% das empresas nacionais ainda vão ter máquinas com Windows XP.



Também a Administração Pública era considerada como um caso sensível. Segundo as indicações de Rita Santos “houve uma preocupação importante do ponto de vista da segurança relativamente a instituições que têm outro tipo de responsabilidades”. “Isso está controlado”, assegura, e a situação continua a ser acompanha de perto pela empresa.



Afinal quantos computadores existem na Administração Pública com Windows XP? “Esses números eu preferia não revelar, porque até do ponto de vista da segurança não é bom que o façamos. Não há riscos importantes, nós não vemos riscos importantes, os riscos que existem estão a ser acompanhados”.



A responsável pela divisão Windows na subsidiária portuguesa da Microsoft considera que nunca se pode estar totalmente descansado porque isso seria um erro, mas por outro lado também assegura que não existe uma situação que justifique alarme.

Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico