A iniciativa não é comum em Portugal, mas cerca de 50 empresas tecnológicas formalizaram esta manhã a criação de um consórcio para a área da Educação, como o TeK escreveu, que pretende servir o mercado nacional , mas também alargar horizontes com projectos internacionais.

O próximo passo é a criação de uma administração e comissão executiva que represente o consórcio, o que deverá acontecer rapidamente já que está a avançar um primeiro projecto, que já terá sido assinado mas que ainda não pode ser divulgado.

A ideia terá surgido há um ano atrás, no âmbito de conversas exploratórias – dinamizadas pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações – sobre como as empresas portuguesas poderiam aproveitar as oportunidades criadas com as redes de nova geração. O cluster da Educação mostrou ser um dos mais preparados para avançar, o que levou à concretização do consórcio, mas existem outros interesses que a breve prazo pode tomar forma, adiantou ao TeK fonte daquele organismo.

À margem da conferência Luís Cabrita, presidente da Prológica, admitiu ao TeK que existe alguma sobreposição de competências entre as empresas que pertencem ao consórcio mas explica que caberá agora à dinâmica do mercado a selecção das melhores. Com a experiência que o consórcio com a J.P. Sá Couto traz, desde 2007, Luis Cabrita acredita que a criação desta ACE será ma vantagem competitiva, garantindo massa crítica e a possibilidade de uma oferta completa na área da educação o que potencia a implementação de projectos educativos.

Após a assinatura do Protocolo entre as perto de 5 dezenas de empresas que participam no consórcio, o Primeiro-Ministro José Sócrates congratulou as empresas pela iniciativa e lembrou que este tipo de dinâmicas estavam previstas desde o primeiro momento no Plano Tecnológico, adiantando ainda que foi a modernização da Escola em Portugal que criou condições para que estas empresas desenvolvessem produtos e serviços que podem agora exportar para outros países.

“Hoje temos competências que vão além do computador Magalhães, na criação de infra-estruturas nas escolas, nos videoprojectores, quadros interactivos, software de gestão e cartão do aluno”, referiu o Primeiro-ministro.

Rogério Carapuça, Presidente da Novabase, advogou durante a sua intervenção a necessidade de criarmos uma Escola do Futuro para que possa existir um Portugal do Futuro, assinalando a capacidade que existe de empresas nacionais para criarem propriedade intelectual que não existe para que os professores possam ensinar de forma diferente. Mas alerta que "essas referências têm de estar cá implementadas, porque ninguém vende o que não pratica".

As empresas que participam no consórcio E-xample são a Bettersoft, BI-Bright, Brandia Central, Cabelte, Caixa Mágica, CBE, CME, Cnotinfor, ConhecerMaisTI, Critical Links, DST SGPS, Dueto, Edubox, Edigma, Efapel, Famasete, GlobalLeda, Globaltronic, Inforlândia, ISA, Impresa Digital, i-Zone, J.P. Sá Coutp, JSL, Leya, Leadership, Lusoeduc, Microfil, Micro I/O, Mobbit, Novabase, Nautilus, OniTelecom, Porto Editora, Prológica, PT Inovação, Quitérios, SoftLimits, Somitel, Take the Wind, Televes, Ubiwere, Viatecla, Viatel, Visualforma, WsBP e Y-Dreams.

Nota da Redacção: A notícia foi actualizada com a lista das empresas que participam no consórcio.