A tensão na Península da Coreia tem sido notícia um pouco por todo o mundo por causa da componente militar e até nuclear que pode envolver. Mas o estado de guerra entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul estende-se até ao plano cibernético, lugar onde também têm acontecido trocas de "mimos".

Várias organizações da Coreia do Sul, entre as quais contam-se bancos e estações de televisão, foram atacadas durante a última semana e o principal suspeito do ataque é a vizinha Coreia do Norte - mas existem informações não confirmadas de que a China também pode estar por detrás desta vaga ofensiva. Para evitar este tipo de situações e possíveis novos ataques, o governo de Seul está alegadamente a preparar-se para cenários de ciberguerra com a ajuda dos EUA.

Quem dá conta desta parceria é a Yonhap News, a maior agência de notícias da Coreia do Sul, que cita fontes governamentais mas em anónimato. Ainda não é certo se os cenários que estão a ser simulados pelas forças militares especializadas na área digital contemplam apenas manobras defensivas ou se também incluem exercícios de vertente ofensiva.

O pacto de entreajuda já pode estar em desenvolvimento dados os últimos acontecimentos, mas segundo avança a imprensa internacional o acordo entre a Coreia do Sul e os EUA deve ser oficializado em outubro deste ano e vai contemplar um encontro anual entre os militares dos dois países.

Atualmente o comando de ciberguerra da Coreia do Sul conta com cerca de mil profissionais, mas os EUA têm mais experiência neste ramo - guerra cibernética com a China e criação do Stuxnet - e contam também com mais profissionais no US Cyber Command.

Por outro lado, também a Coreia do Norte tem apresentado queixas sobre vários sites oficiais ligados ao governo que têm sido atacados por hackers e atribui as responsabilidades à congénere do sul, sem que algo tivesse sido provado até ao momento.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico