A tecnologia de inteligência artificial pode melhorar a eficiência dos sistemas de saúde e facilitar a vida de médicos e pacientes e Troy Astorino, co-fundador e CTO da Picnic Health, indicou como, na talk “How will AI help reinvent Health Tech?”, durante o Web Summit 2024.

Falando sobre a tecnologia principal da Picnic Health, o Universal Patient Record, Troy Astorino explicou que a empresa recolhe e organiza os dados médicos de pacientes, independentemente de onde tenham sido gerados. “Metade dos dados conseguimos obter de forma eletrónica, mas a outra metade ainda envolve processos manuais, como faxes. Transformamos tudo isto em informação digital acessível e estruturada”, afirmou.

Para os pacientes, esta centralização permite acompanhar a continuidade dos cuidados de saúde ao longo da vida, independentemente dos médicos consultados ou diagnósticos feitos. Segundo Astorino, a IA também tem potencial para personalizar tratamentos, considerando que “cada pessoa reage de forma diferente”.

Eficiência e personalização com privacidade

A inteligência artificial também tem a capacidade de aliviar a carga administrativa dos médicos, permitindo-lhes focar-se no que realmente importa: o contacto humano com os pacientes.

“Há uma relação muito pessoal entre médico e paciente. Se a IA puder eliminar tarefas como analisar registos ou lidar com pedidos simples, os médicos podem dedicar mais tempo a interações significativas”, comentou.

Além disso, a inteligência artificial pode revolucionar a área da investigação, ajudando a desenvolver novas terapias de forma mais rápida e eficiente ao simplificar a análise de dados complexos.

Questionado sobre as preocupações com privacidade, Troy Astorino foi direto, sublinhando que a maior parte dos dados de saúde é usada sem o consentimento dos pacientes, “que nem sequer sabem disso. A nossa abordagem é diferente: damos controlo total aos pacientes sobre os seus dados”. Essa transparência reduz receios e reforça a confiança no uso de tecnologias avançadas na saúde, defendeu.

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O CTO da Picnic Health acredita que a inteligência artificial pode empoderar os pacientes, permitindo-lhes compreender melhor a sua condição. “Imagine poder pesquisar os seus próprios registos médicos de forma tão simples e relevante como uma pesquisa no Google, mas adaptada ao seu histórico clínico. Assim, pode ter conversas mais informadas com o seu médico e evitar informações irrelevantes”, explicou.

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