Depois de uma primeira votação desfavorável à aprovação da proposta de norma da Microsoft para os documentos estruturados, os Estados Unidos confirmaram que vão votar a favor do Open XML.



O processo tem vindo a ser discutido em vários países, membros da Organização Internacional de Normalização (ISO) que no próximo dia 2 de Setembro receberá a posição final de cada representante, para, com base nisso, decidir se o formato adoptado pela Microsoft no Office para Windows Vista deve ou não ganhar estatuto de norma.



O sentido de voto americano tem vindo a ser discutido no seio do Committee for Information Technology Standards (INCITS), através de comissões técnicas, e até à semana passada a contagem de votos era desfavorável à Microsoft.
Contudo, na última reunião do organismo alguns dos membros que tinham votado contra a proposta de norma, que a ter luz verde da ISO vai coexistir com uma norma já aprovada (o OpenDocumentFormat), mudaram o sentido de voto passando a apoiar a aprovação do OOXML.



Uma comunicação do INCTS vem agora confirmar que no próximo dia 2 de Setembro os Estados Unidos dirão SIM ao OOXML, graças aos votos da Apple, EMC, HP, Sony, Lexmark, Microsoft e entidades governamentais que acabaram por ditar uma votação de 12 votos a favor para 3 contra e uma abstenção.



A ISO terá agora de ponderar os votos dos vários países membros e analisar os comentários que muitos dos votos favoráveis trazem consigo, remetendo as sugestões de alteração para a Microsoft que as deverá incorporar nas especificações do OOXML.



Entretanto, há outros países com novidades de última hora relativamente ao processo de votação da proposta de norma, que desde o início tem sido controversa. Na Suécia o voto favorável ao OpenXML foi anulado depois da comissão responsável pelo processo ter percebido que um dos seus membros votou mais do que uma vez. Sem tempo para repetir o processo, o país deve abdicar do seu direito de voto.



A aprovação do OOXML como norma ISO deverá ditar o alinhamento dos governos a esta alternativa, numa altura em que grande parte das estruturas públicas decisoras estão em processo de escolha de um formato único de documentos, para garantir a interoperabilidade e reduzir custos.





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