O Sunny nasceu da necessidade de fortalecer a segurança fronteiriça para controlo de migrações na União Europeia e, sobretudo, no combate ao crime que ocorre nestas travessias.

O projeto abrangeu o desenvolvimento de uma rede de sensores inteligentes que são transportados a bordo de aeronaves não tripuladas. Estas aeronaves, denominadas UAVs (Unmanned Aerial Vehicles) ou RPAS (remote piloted aircraft systems), têm como função patrulhar áreas fronteiriças que, no caso do proSUNNY, são sobretudo relacionadas com o ambiente marítimo.

Atualmente, as aplicações que existem para este fim envolvem apenas uma aeronave isolada e com sensores que não são processados a bordo. Ao contrário, o Sunny prevê o processamento de informação, a utilização de múltiplas aeronaves em conjunto no patrulhamento, um sistema de deteção, identificação e classificação automático, comunicações redundantes, ar-ar, ar-terra, um centro de comando e controlo único e aeronaves com voo autónomo com capacidade de integrar a perceção no loop de controlo, explica o INESC TEC numa nota enviada à imprensa.

O Sunny é, desta forma, capaz de alterar o comportamento sensorial, de processamento ou trajetória das aeronaves, de forma automática, sem intervenção humana e em função do fenómeno que está a ser observado.

O sistema foi todo demonstrado em ambiente real com sucesso e os sensores e robots desenvolvidos no âmbito do projeto estão já a ser comercializados pelos respetivos parceiros do projeto. No entanto, existem ainda uma série de constrangimentos à utilização de aeronaves não tripuladas na legislação de voo, o que faz com que ainda não seja possível utilizar um sistema tão complexo como o do Sunny sem qualquer tipo de restrições.

O projeto teve um custo total de 13,9 milhões de euros, tendo sido financiado em quase 10 milhões pela Comissão Europeia.